quarta-feira, 12 de maio de 2010

Asashoryu Yamada

Sem mais delongas, postarei agora a primeira parte de um dos livros: Asashoryu Yamada!

Admito que não sou muito criativo para títulos, mas faço o que posso. Este é um dos 9 ou 10 livros que pretendo escrever. É o segundo que comecei e ainda está em produção.

Descrição: O livro trata de um japonês, que vive nos Eua e é vítima de uma maldição que foi posta em sua família ainda na época do Japão Feudal. O livro se divide em duas partes, os dias atuais da vida do protagonista, e alguns flash backs de seus ancestrais, como modo de explicar e relatar o decorrer da maldição.
Tento trazer um relato simples e romanciado de um tema muito discutido tanto por religiões quanto por ocultistas: o plano de existência dos espíritos, também conhecido como a "vida após a morte"

Críticas, dúvidas e sugestões, via comentários do post.

Como sempre, espero que gostem e boa leitura!



Capítulo Um


Mais uma fria sexta-feira de novembro. Abre seu casaco preto e tira de um bolso interno, um cilindro metálico. Usa o polegar para abri-lo, leva a boca e morde o conteúdo do cilindro. Com a outra mão já tateava o bolso esquerdo da calça. Ao abaixar o cilindro, revelou um autêntico charuto cubano em sua boca, acendeu-o com seu belo isqueiro Zippo dourado, depois guardou o porta-charuto e o isqueiro em seus respectivos bolsos.
Aproveitou a pequena brecha entre as nuvens para dar uma boa olhada na lua, sua musa inspiradora. O pequeno brilho prateado refletido fazia um lindo contraste em seus olhos negros. Pitou o charuto, prendeu os cabelos, que mal lhe passavam dos ombros, para que não caíssem em seus olhos.
Deu mais uma pitada e caminhou até a beirada do prédio. Puxou o relógio de bolso do casaco. Oito horas. O charuto ainda estava pela metade, mas foi jogado fora.
- Belo presente de aniversário.
A joelhada no ar fez com que o wakzashi fosse lançado do coturno para a mão dele, em seguida atirou-se do prédio.
Caiu por quatro dos dez andares do prédio, antes de se pendurar no pescoço de uma estranha criatura, que havia saído de uma das janelas do prédio em frente do que estava.
A criatura caiu em pé, apesar dos seis andares que a separavam do chão. Suas duas enormes pegadas ficaram impressas no asfalto. Assim que se restabeleceu do “pouso”, pegou o intruso de suas costas pela gola, e arremessou para longe. Num ágil movimento, o homem conseguiu segurar-se na haste de uma placa e, depois de executar um giro, aterrissou sem problemas na calçada.
- Yamada!
A voz cavernosa da estranha criatura, que parecia um gorila cinzento de quase quatro metros de altura, cortou o ar e chegou aos ouvidos do rapaz que simplesmente sorriu.
- Então sabe quem eu sou?
O homem, que se mantinha agachado desde seu pouso, levantou-se. O gorila gargalhou.
- Todo o Limbo já conhece sua lenda. O japonês amaldiçoado, que já exterminou trinta espectros, munido apenas de seu poderoso wakzashi: Asashoryu Yamada!
Asashoryu passa a mão em sua rala barba e desembainha a arma.
- Na verdade, você é o trigésimo sexto.
Mais uma estrondosa gargalhada do inimigo.
- Não desta vez, amigo!
O gorila levanta os braços, verticalmente, acima da cabeça, fazendo com que um estranho brilho corresse por eles. Asashoryu concentra seu olhar nos pêlos dos braços do inimigo e toma uma expressão preocupada.
- Droga!
Ao abaixar os braços, o monstro arremessa uma chuva de espinhos compridos, que deixam seus braços nus. Sem ter tempo de esquivar-se, o japonês protege a cabeça com os braços. A nuvem afiada atinge em cheio seu alvo, jogando-o contra a vitrine de uma relojoaria.
O alarme toca e, imediatamente, uma grade desce lacrando a vitrine. Ao levantar a cabeça, o caçador vê sua presa dar mais uma gargalhada e sumir na noite. Ele se levanta, tira o casaco e depois a leve armadura de couro, crivada de espinhos, que protegia seus braços, pernas e tórax.
Só a tempo de acender outro charuto antes das sirenes começarem a soar no inicio da rua. Antes de suas luzes começarem a refletir na parede, Yamada já havia subido as escadas que levavam ao estoque da loja procurando um jeito de sair dali. Só o que encontrou foram os dutos de ventilação.

3 comentários:

  1. Oi Luis muito legal a idéia de postar tuas histórias e poesias num blog! Gostei da história do Yamada, continua postando para que eu possa acompanhá-la :P ah e fica on line no msn para que possa tirar minhas dúvidas,como o que é wakzash :P Abraços!!! Sucesso!!!
    Carol Mariath

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  2. hehehehehhehe
    Brigado, Carol.

    Mas se eu não estiver on, pergunta por aqui que respondo aqui msm =p

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  3. ok :D
    estou aguardando o próximo capítulo :P

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