quinta-feira, 27 de maio de 2010

Anne

Galera, desculpem o atraso nas postagens. Tava dando uma atualizada nos livros, tinham um erros de português e talz.

Mas agora voltaremos a programação normal. =p

Aproveitem e boa leitura!



Anne acordou suando frio:
- Aquela... Era... Eu!
Saltou da cama e buscou a caixa embaixo da cama. Colocou a caixa sobre a cama e acendeu o abajur. Relutou um pouco em abrir, mas precisava ter certeza. Abriu. Com as mãos trêmulas apanhou o livro:
- Este é... o livro de minha mãe.
Abraçou o livro com força. As lágrimas brotavam de seus olhos como o conhecimento em sua mente. Nada fazia sentido, mas seu coração não poderia mentir. Ela tinha certeza de que não era apenas um sonho. Aquela era sua mãe.
A luz do abajur se apagou. Assustado olhou em volta e percebeu que lentamente uma fraca luz começou a surgir aos pés de sua cama. A imagem da fada do sonho começou a se formar até ficar totalmente nítida:
- Lucine? É você? Sim, claro que é você quem mais teria a habilidade para manusear meu antigo Grimório. Sim, é assim que se chama este livro que você tem aí.
A fada deu um sorriso terno.
- Ah, sim, você não deve estar me entendendo, deixe-me que explique.
A fada sorria ao falar, mas parecia não saber ao certo o que estava fazendo, pois olhava um ponto fixo na frente que sequer ficava na direção onde a menina estava.
- Chamo-me Vanora. Sou Sumo Sacerdotisa do Reino das Fadas, reino esse que fica em um mundo diferente do que você está agora, minha querida Lucine. A propósito este não deve ser seu nome aí, mas foi o nome que escolhi para você.
Anne já parara de chorar e agora, sentada na cama, prestava atenção nas palavras de Vanora.
- Você deve estar agora com dez anos, a idade a qual o livro se revelaria. Eu sei que vai ser um pouco estranho, mas sou sua mãe. Apesar de que isso você já deve ter descoberto. Acredito que você esteja tendo sonhos esquisitos com coisas obscuras e até mesmo comigo, mas tudo será explico a seu tempo. Por enquanto só quis me apresentar. Eu tenho pouco tempo agora, mas logo conversaremos de novo. Espero que não a deixe muito confusa e que não fique com raiva de mim. Como eu já disse tudo será explicado ao seu tempo. Agora tenho que ir minha pequena Lucine. Cuide-se.
A imagem começou a escurecer tão lentamente quanto surgiu e antes de sumir completamente a fada levou as mãos, que antes estavam dadas sobre o abdômen, à boca, e lançou um suave beijo.
Anne deitou-se ainda agarrada ao livro. Apesar da revelação importante feita de uma forma tão abrupta, ela não sentiu medo ou raiva. Sentia como se estivesse esperando algo assim a vida toda. Era como se agora realmente entendesse seu lugar no mundo. Antes que percebesse, adormecera. Teve o sono mais tranqüilo em anos.
Acordou perto do meio dia no sábado. Ainda estava abraçada ao livro. Acariciou sua capa antes de guardá-lo e vestir-se para descer. Abriu as portas de seu roupeiro e, talvez por um motivo que lhe parecia bobo, resolveu vestir-se com tons de violeta. Desceu as escadas com um grande sorriso nos lábios. A mesa do almoço já estava posta e sua família já estava a sua espera.
O almoço decorreu bem, com seus pais e seu irmão conversando sobre assuntos aos quais lembra vagamente, pois não dera atenção. Só lhe dirigiram a palavra quando já estava terminando sua refeição:
- Dormiu bem, Anne? Ouvi barulho vindo de seu quarto no meio da noite.
- Dormi muito bem sim! Só tive um sonho um pouco agitado.
Terminou de comer e levantou-se:
- Obrigado pelo almoço, Suzan!
Todos a olharam. Anne jamais chamava seus pais pelo nome:
- Digo Mãe.
A menina corou. Tentou lavar sua louça e sair depressa, mas já tinha chamado atenção para si. Terminavam de comer, mas agora a olhavam com uma expressão de desconfiança. Anne pediu licença e subiu para pegar sua bolsa antes de sair. Pretendia encontrar os amigos no shopping e agora, mais do que nunca, queria sair dali rápido, porém antes que pudesse deixar seu quarto, o pai entrou e sentou em sua cama:
- Tudo bem com você filha? Está agindo um pouco estranho. Sua mãe está preocupada.
- Estou ótima! Não há motivos para preocupação.
- Ouvimos barulhos estranhos no seu quarto ontem a noite. Você teve pesadelos?
- Não, pai! Eu dormi bem.
Anne usava a desculpa de estar pondo os brincos para não olhar diretamente para ele. Sabia que não conseguiria mentir para seus olhos.
- E com quem conversava. Acho que ouvi vozes.
- Com ninguém. Com quem poderia estar conversando?
- Sabe que pode me contar qualquer coisa não é?
Começou a ficar impaciente e até um pouco irritada com o rumo da conversa. Já não tinha mais porque olhar para o espelho, seus brincos estavam no lugar:
- Não tenho nada para contar. E me desculpe pai, mas estou atrasada para encontrar o pessoal.
Pegou a bolsa, deu um beijo no rosto do pai e desceu as escadas. Despediu-se da mãe e do irmão mais novo e saiu cantarolando.

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