domingo, 27 de junho de 2010

Mephisto

Postagem mais longa para compensar os atrasos =p

Aproveitem e boa leitura! Próxima postagem 3 de julho de 2010.



Neste dia Brad conheceu Joanne. Eles conversaram bastante no chat e trocavam e-mails. Depois de duas semanas conversando resolveram se conhecer. Marcaram um encontro num parque da cidade. Brad adorava conversar com Joanne. Ela parecia entendê-lo, como se fosse a outra parte dele. Brad falava de tudo com ela, desde contar seus problemas até falar sobre Mary. Joanne era uma garota meio depressiva, mas adorável. Os dois se ajudavam mutuamente e estavam ansiosos por se conhecerem.
Brad agora com seus dezessete anos, estava de cabelos longos, seus olhos eram ainda mais verdes. Brad não era muito atlético, mas tinha seus músculos. Media 1,72 e pesava pouco mais de 57 quilos. Vestia-se como queria. Não dava importância para combinação de cores, estilos, ou mesmo moda. Exceto quando estava “trabalhando.” Nestes casos Brad vestia-se geralmente com ternos ou sobretudos, arrumava os cabelos com elegância. Por baixo das roupas levava sempre pistolas, submetralhadoras, facas e outros instrumentos de trabalho. Brad não se orgulhava do que fazia, mas tratou de ser o melhor.
Ao chegar ao parque, Brad sentou-se em um banco e ficou esperando sua nova amiga chegar. Quando se encontrou com Joanne, ficou extasiado. Aquela só podia ser uma imagem divina. Era uma bela jovem de cabelos muito longos e ruivos. Seus olhos castanhos como amêndoas, reluziam ao sol. Sua boca rósea lembrava um pequeno coração. Sua pele era clara como a neve. Joanne não era muito alta e 5 anos mais nova. Brad não se importava com isso. Havia retirado uma linda sereia de um mar cheio de tubarões.
Os dois conversaram durante horas. Dentro de poucos dias estavam namorando. Brad conseguiu acabar com a depressão de Joanne. Ela admirava-o cada vez mais. O amor dos dois crescia a cada dia. Joanne ajudava Brad a cuidar de Mary. Depois de três meses Brad resolveu contar a Joanne sobre sua profissão. Brad marcou então um jantar no dia de seu aniversário de namoro. Preparou uma noite bem romântica e ficou treinando como ia dizer que era um assassino para Joanne.
No horário marcado ela chegou. Brad abriu a porta. Ela estava linda. Nunca a tinha visto tão bela. Usava um vestido vermelho, estava com uma trança no cabelo e um brilhante batom vermelho. Brad fez Joanne entrar e serviu o jantar. Sem querer deixou a tv ligada durante o jantar e justo quando abriu a boca para falar sobre sua vida secreta, o noticiário anuncia a morte de um investigador na noite passada. O investigador foi morto por uma bala do rifle preferido de Brad.
- Que horror!
- Como?
- Eu disse, que horror! Como uma pessoa pode matar a outra?
- Ora, são coisas que acontecem.
- Coisas que acontecem? Quem dá o direito a uma pessoa de decidir quem vive e quem morre?
- Ninguém. Mas... Veja bem... Às vezes estas pessoas são obrigadas a fazerem isso. Não tem alternativa. E, às vezes precisam fazer isso para salvarem as pessoas que amam.
- Mesmo assim, Brad. Nada justifica. Eu jamais faria algo assim e esses assassinos me enojam.
- Er... Bem! Que tal se eu desligasse a tv e parássemos de falar nisso? É uma noite especial.
- Eu concordo. Te amo, Brad!
- Também te amo, querida.
Brad desligou a tv. Fica na sala mais uns instantes pensativo e depois volta a mesa. Depois do jantar, os dois bebem um copo de vinho e vão se deitar. Depois de fazerem amor, Joanne deita-se no ombro de seu amado e adormece. Brad, porém, não consegue dormir. O noticiário havia anunciado mais do que um de seus assassinatos. Ele teria que tomar uma decisão muito difícil.
Brad levantou-se da cama e foi até a janela olhar as estrelas. Alguns minutos ali e Brad começou a lembrar de quando era criança. Lembrou-se das noites em que deitava na grama da fazenda e ficava olhando o céu. Lembrou da vez em que decidiu contar as estrelas e depois das cem primeiras desistiu. Lembrou-se das noites de festa em que sua família toda se reunia e eram felizes. Um sorriso infantil brotou em seu rosto. Era uma pena as coisas terem mudado tanto. Sua família agora era completamente desunida. Estavam todos espalhados pelo país. Nas noites em que adormecia sobre a relva, Brad jamais imaginara que um dia seria um assassino frio como havia se tornado. Brad voltou-se para o lado e olhou para o rosto angelical de sua amada. Seu único pensamento no momento era de jamais magoar esta mulher. E viver com ela o resto de sua vida.
Na noite seguinte Brad foi até o Bronkx. Estava com suas duas pistolas sob o sobretudo. Tinha tomado sua decisão. Entrou no clube Fox, onde Sarah trabalhava, e foi direto a sala de Iceman. Sem bater, Brad abriu a porta e entrou. Iceman estava no telefone. Assim que Brad entrou, ele desligou.
- O que pensa que está fazendo moleque? Enlouqueceu?
Brad, sem responder, aproximou-se da mesa de Iceman, puxou as duas armas.
- O que pensa que vai fazer? Está maluco? Abaixe essas coisas!
Brad engatilhou as duas pistolas e largou-as na mesa.
- Estou fora! Arrume outro para fazer seu trabalho sujo.
- O quê? Quem você pensa que é? Eu digo quando você está fora ou não! Sua vagabunda ainda me deve, garoto!
Brad parou na porta. Seus punhos fecharam como por impulso. Num lance rápido agarrou Iceman pelo colarinho e ergueu-o a uns dez centímetros do chão.
- Torne a chamar, Mary de vagabunda e você não vai mais precisar se preocupar com os negócios. Entendeu? E agora pegue essas suas armas sujas e resolva você mesmo seus probleminhas. Não mato mais por você, seu verme!
Dito isso, Brad jogou Iceman em sua cadeira e saiu porta a fora. Despediu-se de Sarah e foi embora. Não voltaria aquele lugar de novo. Não nesta vida.

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