domingo, 30 de maio de 2010

Mephisto

Gente, desculpem na demora das atualizações. Meu tempo se reduziu um pouco, então to meio atrapalhado, mas vou tentar retomar o ritmo.


Aproveitem e boa leitura!



Depois de alguns minutos, oito garotas vestidas com as mais diversas fantasias sexuais, saíram de trás do balcão. O bar todo ficou escuro exceto, o palco. Uma música típica começou e logo uma garota vestida de policial saiu de trás da cortina. O show havia começado. Brad sentou-se inquieto, não tinha a intenção de ver o show. Brad era muito tímido em questões sexuais. O Bar começou a encher e logo uma garota vestida de coelho parou ao lado de brad com uma bandeja:
- O que vai querer garotão?
- Er...Bem...N-n-não quero nada não.
A garota deu um breve sorriso.
- Se precisar de algo, meu nome é Sarah. Pode me chamar.
- T-tu-do bem, Sarah. Se eu precisar, chamo sim.
Sarah deu mais um sorrisinho e abaixou-se para dar um beijo na testa do garoto, que ficou rubro na hora.
- Bonitinho! O que faz aqui?
- Vim atrás de um amigo. Acho que em breve ele estará aqui.
- Belo lugar para encontrar um amigo. Por acaso é uma amiga?
Neste momento a música mudou. Brad ainda estava meio vermelho, por isso desviou o olhar para o palco e viu algo que jamais esperaria.
- MARY?!?!?!?!
Brad colocou as mãos na boca e levantou-se. Sarah assustou-se e deu um passo para trás.
- Quem é Mary?
Brad apenas apontou para o palco. Sarah virou-se para ver a garota que dançava e tirava a roupa de diabinha que vestia. A garota era morena, tinha os cabelos longos. Tinha mais ou menos 1,70 e não aparentava mais de 16 anos. O público vibrava cada vez que ela tirava uma das meias e jogava para eles. Apesar de estar vestida de diaba, Mary tinha um rosto angelical. Era uma menina muito bonita, de olhos negros, boca carnuda e o nariz pequeno. Tinha os seios fartos o que agradava muito aos espectadores.
Brad mantinha um olhar apavorado na garota. Nem ouvia as palavras que saiam da boca de Sarah. Ficou ali parado por alguns minutos olhando fixamente para o palco, mas não parecia prestar atenção nos movimentos da garota, até que sentiu uma mão aos ombros.
- Olá!
Brad virou-se rapidamente quase derrubando o copo que o homem que o chamara tinha na mão esquerda. Atrás de Brad havia um homem alto. Usava um terno preto com uma camisa branca e uma gravata também preta. Cabelos curtos, olhos claros e um cavanhaque curto que se juntava ao bigode. Aparentava ter uns 35 anos e, a julgar pelo relógio rolex de ouro no pulso e as correntes de prata no pescoço, deveria ser o homem que Brad estava procurando.
- Iceman?
- O próprio! Você deve ser John Richards?
- Não! Sou Brad Muley, amigo de John. Vim por causa de Mary.
- Oh sim, sim. Mary! Surpreende-me muito o irmão da garota mandar um representante. Ou ficou com medo ou não dá importância para a irmã. Sente-se!
Iceman sentou-se em uma das cadeiras da mesa onde Brad estava e apontou outra cadeira para Brad sentar-se.
- O motivo de John não ter vindo só diz respeito a ele. E não quero sentar.
- Acalme-se, rapaz! Para que tanta hostilidade? É uma noite de negócios. Sente-se tome um drink comigo.
Neste momento, Sarah voltou trazendo dois copos de whisky em sua bandeja. Depois de colocar os copos na mesa, Sarah deu mais um sorriso para Brad e saiu. Brad estava longe de corresponder aos sorrisos de Sarah. Ela havia sido muito gentil com ele, mas agora uma tremenda raiva tomara conta das veias de Brad. Depois de mais alguns segundo em pé, Brad resolveu sentar.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Anne

Galera, desculpem o atraso nas postagens. Tava dando uma atualizada nos livros, tinham um erros de português e talz.

Mas agora voltaremos a programação normal. =p

Aproveitem e boa leitura!



Anne acordou suando frio:
- Aquela... Era... Eu!
Saltou da cama e buscou a caixa embaixo da cama. Colocou a caixa sobre a cama e acendeu o abajur. Relutou um pouco em abrir, mas precisava ter certeza. Abriu. Com as mãos trêmulas apanhou o livro:
- Este é... o livro de minha mãe.
Abraçou o livro com força. As lágrimas brotavam de seus olhos como o conhecimento em sua mente. Nada fazia sentido, mas seu coração não poderia mentir. Ela tinha certeza de que não era apenas um sonho. Aquela era sua mãe.
A luz do abajur se apagou. Assustado olhou em volta e percebeu que lentamente uma fraca luz começou a surgir aos pés de sua cama. A imagem da fada do sonho começou a se formar até ficar totalmente nítida:
- Lucine? É você? Sim, claro que é você quem mais teria a habilidade para manusear meu antigo Grimório. Sim, é assim que se chama este livro que você tem aí.
A fada deu um sorriso terno.
- Ah, sim, você não deve estar me entendendo, deixe-me que explique.
A fada sorria ao falar, mas parecia não saber ao certo o que estava fazendo, pois olhava um ponto fixo na frente que sequer ficava na direção onde a menina estava.
- Chamo-me Vanora. Sou Sumo Sacerdotisa do Reino das Fadas, reino esse que fica em um mundo diferente do que você está agora, minha querida Lucine. A propósito este não deve ser seu nome aí, mas foi o nome que escolhi para você.
Anne já parara de chorar e agora, sentada na cama, prestava atenção nas palavras de Vanora.
- Você deve estar agora com dez anos, a idade a qual o livro se revelaria. Eu sei que vai ser um pouco estranho, mas sou sua mãe. Apesar de que isso você já deve ter descoberto. Acredito que você esteja tendo sonhos esquisitos com coisas obscuras e até mesmo comigo, mas tudo será explico a seu tempo. Por enquanto só quis me apresentar. Eu tenho pouco tempo agora, mas logo conversaremos de novo. Espero que não a deixe muito confusa e que não fique com raiva de mim. Como eu já disse tudo será explicado ao seu tempo. Agora tenho que ir minha pequena Lucine. Cuide-se.
A imagem começou a escurecer tão lentamente quanto surgiu e antes de sumir completamente a fada levou as mãos, que antes estavam dadas sobre o abdômen, à boca, e lançou um suave beijo.
Anne deitou-se ainda agarrada ao livro. Apesar da revelação importante feita de uma forma tão abrupta, ela não sentiu medo ou raiva. Sentia como se estivesse esperando algo assim a vida toda. Era como se agora realmente entendesse seu lugar no mundo. Antes que percebesse, adormecera. Teve o sono mais tranqüilo em anos.
Acordou perto do meio dia no sábado. Ainda estava abraçada ao livro. Acariciou sua capa antes de guardá-lo e vestir-se para descer. Abriu as portas de seu roupeiro e, talvez por um motivo que lhe parecia bobo, resolveu vestir-se com tons de violeta. Desceu as escadas com um grande sorriso nos lábios. A mesa do almoço já estava posta e sua família já estava a sua espera.
O almoço decorreu bem, com seus pais e seu irmão conversando sobre assuntos aos quais lembra vagamente, pois não dera atenção. Só lhe dirigiram a palavra quando já estava terminando sua refeição:
- Dormiu bem, Anne? Ouvi barulho vindo de seu quarto no meio da noite.
- Dormi muito bem sim! Só tive um sonho um pouco agitado.
Terminou de comer e levantou-se:
- Obrigado pelo almoço, Suzan!
Todos a olharam. Anne jamais chamava seus pais pelo nome:
- Digo Mãe.
A menina corou. Tentou lavar sua louça e sair depressa, mas já tinha chamado atenção para si. Terminavam de comer, mas agora a olhavam com uma expressão de desconfiança. Anne pediu licença e subiu para pegar sua bolsa antes de sair. Pretendia encontrar os amigos no shopping e agora, mais do que nunca, queria sair dali rápido, porém antes que pudesse deixar seu quarto, o pai entrou e sentou em sua cama:
- Tudo bem com você filha? Está agindo um pouco estranho. Sua mãe está preocupada.
- Estou ótima! Não há motivos para preocupação.
- Ouvimos barulhos estranhos no seu quarto ontem a noite. Você teve pesadelos?
- Não, pai! Eu dormi bem.
Anne usava a desculpa de estar pondo os brincos para não olhar diretamente para ele. Sabia que não conseguiria mentir para seus olhos.
- E com quem conversava. Acho que ouvi vozes.
- Com ninguém. Com quem poderia estar conversando?
- Sabe que pode me contar qualquer coisa não é?
Começou a ficar impaciente e até um pouco irritada com o rumo da conversa. Já não tinha mais porque olhar para o espelho, seus brincos estavam no lugar:
- Não tenho nada para contar. E me desculpe pai, mas estou atrasada para encontrar o pessoal.
Pegou a bolsa, deu um beijo no rosto do pai e desceu as escadas. Despediu-se da mãe e do irmão mais novo e saiu cantarolando.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Maldição Yamada

Continuação do primeiro capítulo...


- Eu disse para ficar do lado de fora, não foi?
- Eu ouvi barulhos e resolvi ver se não precisava de ajuda.
- Não. Já está tudo resolvido agora. Seu ladrão fugiu.
Asashoryu virou as costas e deixou a casa, porém antes de conseguir entrar no carro foi chamado.
- Ei, ei! Policial!
- Eu não sou um policial, lembra? O que você quer?
- Por que fez aquilo?
- Era um Selo. Só o queimei para purificar a casa. Tradição oriental.
- Não precisa mentir para mim. Eu o vi destruindo aquele... gorila?
Um arrepio gelado lhe percorreu a coluna. Pela primeira vez alguém tinha testemunhado seu trabalho.
- Viu? Como assim?
Puxou outro charuto e o acendeu.
- Vi você lutar com ele e depois destruí-lo usando o “selo”.
- Ora, ora. Você precisa dormir um pouco, está delirando.
Entrou no carro e apressou-se em ligá-lo para sair logo dali, mas antes de fugir, a moça abaixou-se na janela.
- Pode fugir, mas eu vou descobrir o que foi aquilo.
Sem olhar para ela, arrancou com o carro. Voltou ao local de onde o havia pegado e o abandonou lá. Tomou o cuidado de verificar se estava sendo seguindo, ou se havia alguém que pudesse vê-lo saindo do carro. Depois seguiu para o habitual bar onde sempre acabavam suas noites, que se localizava a poucas quadras dali.
O bar ficava em uma esquina sombria, e apesar de bem localizado era pouco freqüentado, o que foi crucial para a escolha de Yamada. Era um estabelecimento pequeno, com poucas mesas e um curto balcão. Como de costume, sentou-se em sua mesa aos fundos, mesa que sempre estava reservada.
- Seu whisky, senhor!
- Oh, obrigado, John. – bebeu toda a dose – Pode trazer o próximo sem gelo.
- Noite difícil, chefe?
- Como todas.
John já havia se habituado às poucas palavras e ao jeito rude de Yamada. Já tinha 57 anos, abrira o bar apenas por hobby e o japonês era seu único cliente regular. Desde que não arrumasse confusão e pagasse por suas bebidas, John considerava um amigo.
- Estou um tanto ocupado hoje, então deixarei a garrafa se não se importa.
De traz do jornal, agora aberto, veio a resposta:
- Tudo bem. Pode me conseguir um charuto? Os meus acabaram.
- Devia arrumar uma charuteira maior, ou fumar menos.
O jornal desceu um pouco. O velho já estava seguindo para o balcão:
- Você deveria se preocupar só com o dinheiro que lhe pago por eles.
Depois de entregar o charuto a Yamada, o senhor voltou para seus afazeres atrás do balcão. O bar estava vazio, exceto pelo caçador que agora lia seu jornal em silêncio. Um silêncio que só era quebrado pelo som do copo encontrando a mesa periodicamente.
Alguns minutos se passaram até um pequeno grupo de cinco policiais, liderados pelo Sarg. Smith, entrarem no estabelecimento. Foram direto ao balcão:
- Com licença, senhor, mas procuramos um homem e temos fortes indícios de que ele possa estar aqui.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mephisto

Segunda parte do primeiro capítulo.

Pessoal, qualquer dúvida, sugestão ou crítica, deixem nos cometários, isso ajuda a manter um bom nível no blog.

Aproveitem e boa leitura!



Já estamos em agosto de 2004. Brad está no computador, onde passa a maior parte de seu tempo livre. Está terminando um trabalho de história e conversando com uns amigos virtuais através de um destes programas de chat, quando a campainha toca. Brad vai abrir e se depara com John, que parece bem abatido.
- O que houve velho amigo? Aconteceu alguma coisa grave?
John entra e coloca sua mochila em cima da cama.
- Eu já lhe explico. Tem alguma coisa pra beber?
- Pegue na geladeira. Mas me diga o que houve para você estar assim tão cabisbaixo?
John abre a geladeira e serve um copo de água para si e outro para Brad. Depois se senta na cama de frente para Brad, que voltou ao computador.
- É Mary. Aquela imbecil fez mais uma besteira, só que dessa vez ela passou dos limites.
- Tá, que a Mary é uma imbecil eu já sei. E que ela passa dos limites eu também já sei. Até agora tudo normal.
- É, só que dessa vez ela passou dos limites dela, que tu sabes que já são bem diferentes dos nossos.
- Fala logo. O que foi que ela fez? Estou curioso.
- Mary se envolveu com drogas. Parece que está andando com uns membros de uma gangue do Bronkx.
- Como é?!?!?!?! Mas isso é loucura!!! Como essa garota maluca foi me fazer uma coisa dessas????
- Não sei. Mas não me admira tanto, vindo dela. Por mim quero mais é que ela se exploda! O que me preocupa nessa história é a minha mãe. Se ela descobrir...
- Eu sei, eu sei. Mas é sua irmã, oras! Temos que fazer alguma coisa. Tudo bem que você não gosta dela, mas isso já é absurdo. Como foi que você descobriu isso?
John se deita e larga o copo vazio ao lado da cama.
- Um tal de Iceman mandou um bilhete lá pra casa dizendo que se a Mary não pagar o que deve virará escrava da gangue.
Brad não acredita, Seu rosto fica pálido e apavorado. Como foi que a Mary conseguiu se envolver com drogas e ainda ficar devendo para Iceman. Brad já ouvira falar neste grande líder de gangue do Bronkx, uma vez na televisão. Sabia que ele era o líder de uma das maiores gangues de Nova York. Não conseguia crer que Mary se envolvera logo com ele.
- Este tal de Iceman deixou algum meio de entrarmos em contato com ele?
- Acho que tem um endereço no bilhete. Por quê?
- Por que nós vamos livrar a Mary dessa.
- Sem chance! Ela que se vire! Não mandei se meter em burradas.
- É sua irmã!
- Dane-se! Se quiser ajude-a sozinho. Eu estou cansado de ter que livrar a cara da Mary sempre. Estou fora!
John realmente aparentou estar muito irritado com isso tudo, pois jogou o bilhete no chão, pegou a mochila e saiu porta a fora. Brad entendia o amigo, mas não podia deixar Mary em perigo. Juntou o bilhete, leu e decidiu tentar negociar com Iceman. Como? Não tinha a menor idéia.
Brad trabalhou no computador até o final da tarde. Deixou um bilhete para mãe no balcão dizendo que não jantaria em casa e, saiu. Tomou um ônibus para o Bronkx e foi ao encontro de Iceman. Brad vestia calça, sapatos e um grande sobretudo todos pretos. Ao descer do ônibus foi até o endereço marcado no bilhete e descobriu que era um bar de strippers. Brad não sabia como entraria num lugar desses, pois além de ter apenas 16 anos aparentava ter 14. Estranhamente o segurança o deixou entrar sem problemas, como se já soubesse que Brad viria.
Ao entrar, Brad viu algumas mesinhas espalhadas em volta de um palco em forma de "T". Ao fundo, à esquerda um balcão de bar com um alto barman e um ou dois bêbados deitados sobre o balcão. Pelo que se via o show ainda não começara, pois eram poucas as mesas que estavam preenchidas. Brad deu mais uma olhada no lugar, mas como não viu sinal do proprietário resolveu sentar-se e esperar, talvez o proprietário apresentasse o show.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Anne

Segunda parte do primeiro capítulo de Anne.

Dica: Caso ainda não tenham lido a primeira parte, ou não lembrarem direito, embaixo de cada post há uma tag com o nome do livro, clicando nela, todas as partes já postadas ficam juntas, para facilitar a leitura e o acompanhamento dos livros.


Aproveitem e boa leitura!


Não era a primeira briga da última semana. E nem a primeira dos amigos com quem brigara pelo mesmo motivo. Já ia fazer dez dias desde que o misterioso livro aparecera em seu quarto de forma mais misteriosa ainda. Todos os amigos tinham a mesma opinião de que era uma brincadeira de alguém e que ela não deveria dar atenção, uns por desdém, outros por medo, mas ela não conseguia pensar que não havia um motivo maior por trás disso.
Ao sinal, guardou seus livros no armário e foi para lanchonete onde trabalhava. Trabalhava apenas quatro horas, mas já era o suficiente para deixá-la bem cansada ao chegar em casa. Jantou, passou o tempo habitual com a família e depois subiu para o quarto. Era sexta-feira, mas como havia se desentendido com a maioria de seus amigos, não tinha para onde ir.
Estava bastante cansada por isso decidiu tomar um bom banho morno e dormir. Depois de tomar o banho, fechou a porta e deitou-se. O primeiro impulso era de pegar o livro da caixa onde estava guardado, sob a cama, mas dessa vez algo a impediu. Deu-se conta que se afastara dos amigos desde o aparecimento do livro e que não fazia mais nada a não ser reproduzir seus desenhos e tentar achar tradução para a linguagem na qual estava escrito:
- Estou ficando obcecada por isso.
Empurrou novamente a caixa para baixo da cama e nem tinha percebido que a havia tirado de lá. Deitou, cobriu-se e apagou a luz do abajur.
- Talvez eles estejam certos e não passe de uma brincadeira. Vou pedir desculpas amanhã.
Dormiu.
...

O céu estava negro. Uma forte chuva caía fora do imponente castelo. Em seu interior, duas estranhas figuras, fechadas em uma espécie de laboratório subterrâneo, acertavam detalhes:
- Você está certo de que isso funcionará?
- Certamente, Milorde. Os livros antigos descrevem esse procedimento como o único viável para seus propósitos.
O homem mais alto tinha longos cabelos negros adornados com alguns aros de ouro espalhados aleatoriamente, um tapa-olho que cobria uma cicatriz no olho esquerdo e por suas vestes deveria ser o soberano do castelo. Já o mais baixo aparentava ser também o mais velho devido a seus curtos e desgrenhados cabelos prata. Seus olhos azuis pareciam querer acompanhar todos os acontecimentos à volta, pois não se fixavam em ponto algum, ficavam indo de um lado para outro constantemente. Usava vestes negras, porém bastante extravagantes com vários detalhes prateados, esmeralda e dourados. Este último preparava um leito:
- Milorde, estamos prontos!
- Vou buscá-lo.
O homem mais jovem saiu por alguns momentos do recinto. Anne aproveitou para olhar bem ao redor. Desta vez tinha ido além dos fatos das ultimas “viagens”. Já sabia que se tratava de um sonho e por isso não podiam vê-la. Ao olhar para a única janela do lugar, pode vislumbrar de relance uma figura espiando. Antes que pudesse ir descobrir quem era, o soberano voltou.
Anne ficou em dúvida, mas preferiu acompanhar os fatos no interior do laboratório:
- Coloque-o aqui, Senhor! Tire sua túnica e deite no outro leito para começarmos.
O homem de cabelos negros obedeceu. Enquanto o velho arrumava alguns frascos e uma estranha adaga de lâmina vermelha, Anne aproximou-se da cama onde haviam depositado um pequeno embrulho que se movia um pouco. Ao olhar de perto tomou um susto que a fez cair ao solo. Era um bebê. Um forte impulso de salvá-lo mesmo sem saber o que estavam prestes a fazer surgiu em seu coração, deixando-a aflita. Era um sonho e ela nada podia fazer:
- Este é o momento de desistir, Se...
Antes que pudesse terminar, o homem foi agarrado pelo pescoço e levantado a alguns centímetros do chão:
- Não sou do tipo que desiste. Prossiga, ou não será mais necessário!
Ao ser solto o velho começou a pronunciar uma espécie de oração em uma língua esquisita, enquanto balançava dois frascos com líquidos brilhantes sobre a cabeça. Terminou com um silvo agudo e lançando os frascos no chão. Um brilho ofuscante começou a iluminar o lugar e a última imagem que Anne pode ver foi o que pareceu o velho apunhalando o peito do soberano.
Anne foi transportada para o lado de fora, exatamente do lado da figura que espiava. Pôde ouvi-la soltar um gemino de espanto e lançar vôo em direção da floresta que cercava o lugar. Antes de ser novamente transportada, viu um vulto gigantesco e negro abrir um grande buraco na parede e lançar-se atrás da estranha. Anne agora estava numa clareira da floresta. Chegou lá segundos antes de uma bela fada púrpura pousar e esconder-se atrás de um dos grandes carvalhos. A fada arfava muito, o que fez com que deduzisse que era ela que estava espiando na janela e agora fugia de alguém.
A criatura tinha a pele lisa e de um suave tom de violeta. Seu cabelo era verde claro como os olhos. As duas grandes asas coloridas lembravam as de uma borboleta. Tinha a mesma altura da garota e não parava de olhar para trás, em busca de seu perseguidor.
Depois de descansar um pouco, pegou um livro que estava amarrado em sua cintura e, com um dos gravetos do chão, começou a desenhar um círculo na terra mais fofa. Depois de desenhar inúmeros símbolos e detalhes a fada retirou uma espécie de embrulho, que Anne sequer havia reparado, de suas costas e o depositou no centro do círculo. Recitou algumas palavras que pareciam ser no mesmo dialeto usado pelo venho anteriormente, até o círculo começar a emitir um belo brilho colorido:
- Viva minha filha, pois você é nossa única esperança agora!
Uma lágrima correu o rosto da fada. A criança sumiu e, segundos depois o grotesco vulto negro desceu dos céus em direção a ela. Antes de chegar perto o suficiente para que a menina conseguisse ver o que ele era o sonho começou a fugir-lhe.

sábado, 15 de maio de 2010

Primeira Ilustração


Postando ilustração de Asashoryu Yamada, feita pela minha ilustradora oficial a Aninha ^^

Ficou bem legal, e eu acompanhei o processo de criação ^^

Thanks, Aninha.

A Maldição Yamada

Segunda parte do primeiro capítulo. Aproveitando para retificar, o título original do livro é: "A Maldição Yamada"

os outros livros ainda não tão bons pra postar, então vou ir atualizando esses 3 por enquanto. Em breve lanço alguma novidade. ^^

Aproveitem e boa leitura!


Os policias abriram a grade e a porta com uma chave mestra. Entraram com armas em punho e lanternas ligadas.
- Vasculhe tudo, mas cuidado! Ainda podem estar aqui!
O outro policial acenou com a cabeça e começaram a adentrar o recinto. Mal caminharam alguns passos e ouviram a grade descendo e um clik! Ao virarem-se para porta viram um vulto do lado de fora girando a chave nos dedos.
- Você!!!
- Boa noite Sargento Smith!
- Ora seu... Abra essa porta!
- Desculpe Sargento, mas estou com um pouco de pressa. – Asashoryu virou as costas e saiu – A propósito, preciso da viatura emprestada. Até mais!
- Volte aqui, maldito!
O sargento não pode fazer mais do que gritar enquanto via sua viatura partir. Pegou o rádio no ombro.
- Todas as unidades da área central: localizem e detenham a viatura 0311! Repito: viaturas da área central localizem e detenham a viatura 0311!
- Aqui é central! Sargento, esta não é sua viatura?
- Sim central, mas ela foi roubada. Retransmita o recado sim?
- Sim senhor, sargento!
A quadras dali, Asashoryu, dirigia a viatura em busca de seu alvo. Entrara em uma rua com algumas casas simples e de grande jardim quando foi surpreendido por uma mulher que praticamente se atirara em frente ao carro.
- Ei, está louca? – disse ele descendo do carro.
- Policial alguém invadiu min... Espere você não é policial.
- Disse que alguém invadiu sua casa?
Estava com uma expressão estranha. Havia sentido algo estranho na casa e decidira averiguar.
- Sim, mas eu não vi ninguém!
Yamada já estava a caminho da casa e não dava mais ouvidos para a mulher.
- Espere aqui fora. Vou ver isto.
- Mas você nem é policial! Quem é você?
A moça ficara gritando do lado de fora.
Ao entrar, deparou-se com uma bela sala com uma escada grande para o andar de cima. O cheiro estranho vinha do andar de cima, juntamente com o barulho de alguém revirando coisas.
Subiu lentamente pela escada. O andar de cima se resumia a um estreito corredor com quatro portas. Uma delas entreaberta, da onde vinha o cheiro e o barulho. Ao se aproximar o barulho parou. Quando foi abrir a porta, tomou um grande soco que o jogou para o andar de baixo.
- Yamada! Você não desiste?
O “gorilão” pulou para o andar de baixo e falava ironicamente, com um sorriso de desdém nos lábios.
- Você não é tão bom assim. E seu cheiro ajuda.
- Pois dessa vez acabaremos com isso!
Os espinhos já brotavam no braço direito, mas desta vez lançou um ataque horizontal. Em um ágil salto, o japonês desviou dos espinhos e caiu aos pés do inimigo, cortando o braço do ataque. Logo ao cair, agachado, foi atingindo por um forte chute que o lançou do outro lado da sala.
- Maldito! Vai pagar por isso agora!
Arremessou os espinhos do braço que ainda lhe restava, mas asashoryu conseguiu saltar alto o bastante para desviar e cair sobre o peito do inimigo. Impulsionou-se para o mortal de costas e cortou o outro braço do adversário com o movimento.
O gorila gemia e urrava de dor, já de joelhos no chão. O japonês retirou um papel com um escrito oriental do bolso e colou no peito do monstro. Recitou um curto mantra e logo, o invasor desfez-se em fagulhas verdes que se prenderam no papel. Com seu isqueiro, então, queimou-o.
- Oh!
Com o som, virou-se rapidamente para porta, deparando-se com a moça parada ali.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mephisto

Bom, meus caros, agora vou lançar a minha menina dos olhos. O primeiro dos meus livros.

Esse livro é muito especial pra mim, pois eu começei ele ainda no quartel. Num momento meio sinistro da minha vida, e foi quando veio a inspiração para livros. O personagem principal é inspirado em mim msm, e todos os personagens são inspirados em pessoas que eu conheço. Os fatos não sou todos verídicos, mas são baseados em fatos semelhantes.

Descrição: Mephisto, conta a história de Brad Muley. Um jovem comum que teve seu futuro alterado para poder ajudar seus amigos. Infelizmente, ele acaba morrendo e se transformando em um dêmonio que luta para não se tornar totalmente mal.
O livro se passa no mundo real, porém releva a existência de criaturas sobenaturais vivendo entre pessoas comuns. Algumas passagens pelo inferno, relacionado ao descrito no livro de Dante, e ao plano dos Anjos.

Espero que gostem e boa leitura!


Capítulo Um - Alma corrompida

Há tempos não se via uma garoa fina como essa. Esse era o comentário mais comum no ônibus. Desde que haviam entrado nos limites da cidade, há uns 20 minutos, os passageiros do ônibus, 0811- Ruston/Nova York, observavam uma bela garoa descendo sobre a majestosa cidade de Nova York.
Todos eles provinham do interior da Lousianna e estavam admirados com a cidade grande. Os passageiros estavam divididos entre: fazendeiros e moradores da cidade de Ruston, porém um deles se destacava, um garoto. Seus olhos brilhavam ao ver o enorme fluxo de carros e os imensos arranha-céus.
Brad Muley, garoto da pequena fazenda de gado, Cowland, já estivera em Nova York antes, mas desta vez era diferente. Tudo parecia novo e excitante. Brad viveu 14 anos sob os cuidados de seus padrinhos numa fazenda a 15 km de Ruston. Neste ano de 2002, Brad, iria completar 15 anos e finalmente realizaria o sonho de morar com sua mãe, Suzan Muley. O garoto tentava, mas não conseguia lembrar-se de outro momento de tanta felicidade.
O ônibus entrou na estação rodoviária ás 16h30min. Brad deu um grande salto de seu banco com sua mochila e correu para fora do ônibus. Depois de pegar suas malas no bagageiro, o garoto, começou a olhar em todas as direções buscando o rosto da mãe. Como não a encontrou, chamou um carregador e levou suas mala até um táxi, como já tivera feito muitas vezes. Este o levou até a Green Avenue, 815, o endereço de sua nova vida.
Depois de chegar em casa, Brad, desfez as malas, conversou com sua mãe e foi dormir. Sonhou com todas as possibilidades que teria agora. O garoto pensava nunca ter sido tão feliz na vida, no entanto, no final deste mesmo ano, pouco antes de seu aniversário, Brad começou a ver que a vida não era um “mar de rosas” e que viver com sua mãe talvez não fosse como pensara.
Brad estudava de manhã e passava as tardes sozinho, pois sua mãe trabalhava o dia todo. Via sua mãe umas três horas por dia à noite e ela estava cansada por isso não lhe dava muita atenção. Além disso, ela é muito severa e cobra demais do pobre Brad. Brad começou então a se voltar para o esporte. Praticava artes marciais e começou a jogar vôlei. Depois de dois anos, Brad, já está estafado de sua vida em Nova York. Sentia-se muito sozinho e suas atividades não lhe despertavam mais muito encantamento. Foi no começo deste ano letivo, que Brad conheceu o primeiro de seus grandes amigos: John Richards. John é descendente de italianos. Morava com seus pais e sua irmã mais nova Mary. Mary tem 15 anos e é uma garota desleixada e egoísta, acaba sempre causando problemas a John e seus pais, por isso John não se dava muito bem com ela.
Além de John, Brad tem outros amigos, mas John sem dúvida é o mais próximo. Os dois passam o maior tempo do dia juntos, seja na casa de um dos dois ou na academia onde praticam ninjitsu. Brad largou o vôlei para se dedicar mais à escola de arte marcial.

Segunda Poesia

Dando prosseguimento ao post de poesias, estou lançando a segunda.

Foi escrita muito antes da anterior, para um trabalho de escola e me causou certos problemas, devido ao conteúdo um tanto mórbido. Minha professora de literatura não achou tão interessante, mas fazer o que. =p

Aproveitem e boa leitura!


Hoje vi o sol
Mas ele já não
Esquentava mais minha pele

Hoje via chuva
Mas já não sentia mais
Suas gotas molhando meu corpo

Hoje vi a lua
Mas sua luz já não
Iluminava mais minha noite

Hoje vi seu rosto
Mas ele já não
Alegrava mais minha vida

Hoje vi o espelho
E nele o que me tornei
Um velho sem alma

Cigarros e uísque
Na cabeceira.
Um livro à muito amarelado

Tuberculose e roupas
Femininas pela casa.
A Morte espera-me para
Um jogo de cartas

Desculpe-me mundo
Mas não posso mais
Viver por suas regras.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Anne

Bom, caros leitores, como prometido, estarei agora postando a primeira parte de outro dos livros.

Em ordem cronológica, este é o terceiro que começei. Este é novinho, começei o ano passado. Ainda está em produção, e por enquanto é o único que tem como protagonista uma mulher.

Descrição: Anne, trata da história de uma adolescente aparentemente comum, cursando o colegial. Tudo ia bem até ela ter descoberto um estranho livro antigo em sua casa e começar a ter pesadelos estranhos. Além disso, um novo aluno apareçe em sua escola, trazendo mais esquisitices para sua vida.
Neste livro, trato de um assunto comum e misterioso, desde a antiguidade da história, a magia. Criaturas míticas, um novo mundo antigo e um pouco de história mitológica.

Agradeço pelas visitas, e comentários. Espero que apreciem esta nova história, e boa leitura!



Capítulo Um


- Anne! Anne!
A garota largou o lápis rapidamente, como se tivesse sido acuada por um predador.
- Anne, o sinal do almoço já tocou. Você não vem?
Olhando rápido para seu desenho no caderno, fechou-o.
- Claro! Vou sim. Desculpe estava um pouco distraída.
- Um pouco?
Anne recolheu suas coisas e logo as duas meninas estavam a caminho do refeitório. Anne seguia quieta enquanto July, sua melhor amiga, tagarelava sobre a aula, o baile da primavera e outras coisas, as quais passavam por seu ouvido como se fossem intangíveis.
Anne estava agora com dezesseis anos. Cursava o ensino médio da Escola Petterson, a escola que freqüentava desde o primário. Tinha um pequeno grupo de amigos, mas July era a principal. Sempre fora popular, principalmente com os garotos. Suas belas feições ajudavam nisso: lisos e longos cabelos negros, olhos da mesma cor, a face levemente corada, lábios pequenos e rosados e pele clara. Havia também um sinal de nascença em seu ombro esquerdo em forma de meia lua.
Não era só fisicamente bela, mas também tinha tido as melhores notas da turma desde o ginásio. Era também muito cuidadosa com os amigos e sempre se preocupava mais com os outros do que consigo mesma. Era determinada e muito talentosa com o que quiser que fizesse. Pelo menos até a última semana.
Já estavam sentadas e comendo a um bom tempo:
- Anne! Você está me ouvindo?
- Sim! Estou.
- E do que eu falava?
- Da sua roupa para o baile.
Anne deu um sorriso.
- Você até podia estar escutando, mas não estava me ouvindo. Estava aí brincando com a comida com cara de boba.
- Ah, desculpe, July. Eu não dormi bem, só isso.
Mesmo sem acreditar muito, a amiga consentiu com a cabeça e retomou o assunto. Depois de comerem, foram até o pátio para aproveitarem os últimos minutos do intervalo, porém antes de chegarem, um garoto esbarrou em Anne e está derrubou sem caderno que abriu. July pode ter uma boa visão do desenho, mesmo a garota se apressando para apanhá-lo:
- Então é isso! Você estava lendo aquilo de novo não?
- Não! É só um dos desenhos que eu fiz na semana passada.
- Anne, eu te conheço desde o primário, nem tente mentir para mim.
A garota relutou um pouco, mas decidiu admitir:
- Tudo bem! Eu li ontem à noite.
- Amiga, nós já não tínhamos concordado que eram um monte de besteiras e que você não ia mais perder tempo com isso?
- Sim, mas na verdade eu só concordei por você. Você sabe que eu acredito que tudo tem um sentido. Até o aparecimento daquele livro.
- É só um livro empoeirado...
- E o que ele fazia em cima do meu roupeiro. Eu não o coloquei lá. E nunca tinha visto antes. E eu acho...
- Ah, não! O sonho de novo não!
A expressão avoada da menina tornou-se ríspida.
- O sonho sim! Não é normal repetir-se tantas vezes. Pra você pode ser comum, mas eu não acho. E eu não preciso da sua crença também.
Virou-se e saiu em direção ao pátio. Não apareceu no laboratório para aula de química, a última do dia. Em vez disso ficou no pátio sob a sombra de uma árvore contemplando o desenho em seu caderno. Um círculo com outros dois menores dentro, rodeados por símbolos e traços, o que ela acreditava ser um círculo de magia.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Asashoryu Yamada

Sem mais delongas, postarei agora a primeira parte de um dos livros: Asashoryu Yamada!

Admito que não sou muito criativo para títulos, mas faço o que posso. Este é um dos 9 ou 10 livros que pretendo escrever. É o segundo que comecei e ainda está em produção.

Descrição: O livro trata de um japonês, que vive nos Eua e é vítima de uma maldição que foi posta em sua família ainda na época do Japão Feudal. O livro se divide em duas partes, os dias atuais da vida do protagonista, e alguns flash backs de seus ancestrais, como modo de explicar e relatar o decorrer da maldição.
Tento trazer um relato simples e romanciado de um tema muito discutido tanto por religiões quanto por ocultistas: o plano de existência dos espíritos, também conhecido como a "vida após a morte"

Críticas, dúvidas e sugestões, via comentários do post.

Como sempre, espero que gostem e boa leitura!



Capítulo Um


Mais uma fria sexta-feira de novembro. Abre seu casaco preto e tira de um bolso interno, um cilindro metálico. Usa o polegar para abri-lo, leva a boca e morde o conteúdo do cilindro. Com a outra mão já tateava o bolso esquerdo da calça. Ao abaixar o cilindro, revelou um autêntico charuto cubano em sua boca, acendeu-o com seu belo isqueiro Zippo dourado, depois guardou o porta-charuto e o isqueiro em seus respectivos bolsos.
Aproveitou a pequena brecha entre as nuvens para dar uma boa olhada na lua, sua musa inspiradora. O pequeno brilho prateado refletido fazia um lindo contraste em seus olhos negros. Pitou o charuto, prendeu os cabelos, que mal lhe passavam dos ombros, para que não caíssem em seus olhos.
Deu mais uma pitada e caminhou até a beirada do prédio. Puxou o relógio de bolso do casaco. Oito horas. O charuto ainda estava pela metade, mas foi jogado fora.
- Belo presente de aniversário.
A joelhada no ar fez com que o wakzashi fosse lançado do coturno para a mão dele, em seguida atirou-se do prédio.
Caiu por quatro dos dez andares do prédio, antes de se pendurar no pescoço de uma estranha criatura, que havia saído de uma das janelas do prédio em frente do que estava.
A criatura caiu em pé, apesar dos seis andares que a separavam do chão. Suas duas enormes pegadas ficaram impressas no asfalto. Assim que se restabeleceu do “pouso”, pegou o intruso de suas costas pela gola, e arremessou para longe. Num ágil movimento, o homem conseguiu segurar-se na haste de uma placa e, depois de executar um giro, aterrissou sem problemas na calçada.
- Yamada!
A voz cavernosa da estranha criatura, que parecia um gorila cinzento de quase quatro metros de altura, cortou o ar e chegou aos ouvidos do rapaz que simplesmente sorriu.
- Então sabe quem eu sou?
O homem, que se mantinha agachado desde seu pouso, levantou-se. O gorila gargalhou.
- Todo o Limbo já conhece sua lenda. O japonês amaldiçoado, que já exterminou trinta espectros, munido apenas de seu poderoso wakzashi: Asashoryu Yamada!
Asashoryu passa a mão em sua rala barba e desembainha a arma.
- Na verdade, você é o trigésimo sexto.
Mais uma estrondosa gargalhada do inimigo.
- Não desta vez, amigo!
O gorila levanta os braços, verticalmente, acima da cabeça, fazendo com que um estranho brilho corresse por eles. Asashoryu concentra seu olhar nos pêlos dos braços do inimigo e toma uma expressão preocupada.
- Droga!
Ao abaixar os braços, o monstro arremessa uma chuva de espinhos compridos, que deixam seus braços nus. Sem ter tempo de esquivar-se, o japonês protege a cabeça com os braços. A nuvem afiada atinge em cheio seu alvo, jogando-o contra a vitrine de uma relojoaria.
O alarme toca e, imediatamente, uma grade desce lacrando a vitrine. Ao levantar a cabeça, o caçador vê sua presa dar mais uma gargalhada e sumir na noite. Ele se levanta, tira o casaco e depois a leve armadura de couro, crivada de espinhos, que protegia seus braços, pernas e tórax.
Só a tempo de acender outro charuto antes das sirenes começarem a soar no inicio da rua. Antes de suas luzes começarem a refletir na parede, Yamada já havia subido as escadas que levavam ao estoque da loja procurando um jeito de sair dali. Só o que encontrou foram os dutos de ventilação.

Primeira Poesia

Opa, galera, olha eu aqui de novo.

Primeira postagem efetiva do blog. Resolvi começar com uma poesia, pra pegar leve, e também porque chama mais a atenção =p

Minhas poesias não tem nomes, eu sou horrível com eles. Mas esta foi a primeira que eu fiz, enquanto ainda estava no quartel em 2006.

Espero que gostem e boa leitura.


Estrelas, Lua, Brisa
Cheiro de mato
Quilometros e quilometros de floresta
Em meio a esta paisagem
Só podia lembrar de você
A legítima personificação
Da deusa Vênus

Você que mesmo com pouco tempo
Conseguiu transponir as enormes
Muralhas que cercaram meu coração
Assim que este foi conquistado pela raiva

Você que com pequenos gestos
Acaba com todo o frio e nevóas
Que cercam minha pobre alma perdida
Nas trevas da decepção

Você que com ternas palavras
Acalma e consola meus prantos
Em fim, você, bela anja, que desceu
De seu castelo nas nuvens para
Dar uma segunda chance ao meu amor

Desculpe a nobre deusa, mas
Comparar tal figura com sua divindade
Foi um grande erro, pois sua divindade
Não chega sequer aos pés de minha doce
Amada anja.

Apresentação

Caros, novos amigos e amigas...

Primeiramente, gostaria de agradecer a visitação de vocês. É muito importante para o sucesso desta idéia.

Agora, queria explicar a idéia central do Blog. Bom, eu escrevo desde os 12 anos, agora tenho 22, e nesses 10 anos, acumulei alguns livros e umas poesias. À alguns anos venho tentando publicar o meu primeiro livro, sem sucesso. Pouco interesse das editoras grandes, e altos preços nas editoras pequenas.
Aí veio a idéia do blog. Não era minha idéia inicial, queria algo mais tradicional, com folhas, capa, ilustrações, mas já que não está dando certo assim, porque não arriscar? Hoje a internet é uma ótima ferramenta, e os blogs se tornaram muito populares, então quem não tem cão, caça com gato. ^^
A idéia veio de muitos blogs que já se tornaram referência, pessoas que ficaram famosas através de uma simples postagem na internet, e do fato de hoje em dia, se ler muito mais na internet do que no sofá da sala.
Bom o blog vai funcionar da seguinte maneira: publicarei periódicamente, os livros que já tenho escritos e os que estão em produção, em forma de capítulos, como novelas e seriados. Cada dia da semana será dedicado a um dos livros, e esporádicamente colocarei algumas das poesias também. Assim que possível as ilustrações existem aparecerão por aqui.
Espero que gostem, e se gostarem, não esqueçam de comentar e divulgar para os amigos. =p

Bom, acho que deu pra explicar mais ou menos o plano, agora é só por em prática.
Abraços a todos, e boa leitura.