Aproveitem e boa leitura! Próxima postagem 23 de junho de 2010.
Depois de quase uma hora, mudando sempre o caminho para evitar ser seguido, Asashoryu chegou a sua casa, que ficava em um bairro mais afastado do núcleo urbano.
Morava no fim de uma pequena rua sem saída, que acabava bem em frente a sua saída de garagem. Era uma pequena casa de dois andares, bem simples, com um curto jardim e com o pátio dos fundos terminando em um bosque.
Morava sozinho, a não ser por sua gata de estimação: Maggie. Esta já acostumada pelas freqüentes ausências de seu dono. Só uma das duas casas vizinhas era ocupada. Por um casal de idosos que quase nunca apareciam no jardim, muito menos nas janelas, o que de certa forma, deixava o rapaz mais seguro.
Deixou a moto na garagem e entrou pela porta que levava à cozinha:
- Maggie, comida!
A gata apareceu rapidamente na cozinha e foi até seu prato que ficava ao lado da porta.
- Por sorte o tio John havia guardado um saco de ração no lugar de sempre, senão teria que se contentar com os ratos do porão.
Colocou um pouco da ração no pote da gata e o saco em cima da mesa. Foi até o telefone e ligou para a costumeira pizzaria. Foi até a sala e pegou um charuto na caixa que mantinha em cima da mesa de centro, depois voltou à garagem. Puxou uma mesa baixa, tapada com uma lona preta para mais perto da moto e logo em seguida colocou um pequeno banco entre as duas.
Abriu um baú, que ficava em um dos cantos da garagem, que guardava pilhas de jornal, da onde tirou algumas folhas para cobrir todas as partes que não eram metálicas da moto. Depois, destapou a mesa revelando uma mesa de pintura. Escolheu uma das latas de tinta vermelha e colocou na pistola de pintura, ao mesmo tempo em que a campainha tocou. Ligou o compressor de ar da mesa e foi atender a porta:
- Você?
Realmente não espera ver a mesma mulher que salvara no inicio da noite em sua porta, ainda mais entregando sua pizza.
- Er...Oi?
Tentou fechar a porta, mas o pé da moça o impediu:
- Espere. Eu trouxe sua pizza.
Abriu novamente a porta e tentou alcançar a comida, mas novamente foi impedido:
- Me deixe entrar que eu lhe deixo comer.
O sorriso dela jamais teria o convencido, se não fosse o barulho de seu estômago estar tão perceptível.
- Droga! Vamos logo com isso então!
O rapaz se afastou da porta deixando a “intrusa” entrar. Ao entrar, a moça pode ver como apesar da bela aparência externa, a realidade da casa era outra. Havia poucos móveis e pela espessura da poeira, ela não deveria ser limpa a um bom tempo.
A casa possuía três cômodos no andar de baixo, a cozinha que era separada do que deveria ser a sala por uma bancada baixa. Além dela e dos armários presos a parede, uma geladeira antiga e um pequeno fogão faziam parte do lugar.
No que deveria ser uma sala, somente uma poltrona, uma televisão, uma mesa de centro e um pequeno abajur. O outro cômodo estava vazio, exceto por algumas folhas de jornal, já amarelado, espalhadas pelo chão e uma escada para o andar superior.
Enquanto analisava a casa, não percebeu que o dono não estava mais a vista e que um alto barulho havia sumido. Só abandonou sua admiração pelo lugar quando a porta que levava a garagem bateu e um gato passou por suas pernas em direção a escada.
- Enfim, veio aqui por algum motivo, ou só queria ficar parada em uma sala estranha com uma caixa de pizza na mão?
- Você é sempre grosso assim?
- Não, somente quando o entregador pede pra entrar.
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quinta-feira, 17 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
A Maldição Yamada
Segue a penultima parte do primeiro capítulo das aventuras de Yamada!
Aproveitem e boa leitura!
Um dos policias, notando a mesa do fundo ocupada, bateu de leve no ombro do Sargento, apontando com a cabeça. O policial apenas acenou com a cabeça.
- Vamos dar uma olhada no bar. Pode continuar seus afazeres.
O líder e outro policial seguiram para a mesa do fundo, enquanto os outros se dividiram para falar com as outras três pessoas que haviam entrado a pouco no lugar.
A garrafa sobre a mesa já estava vazia, assim como o copo. O jornal estava levantado, cobrindo o rosto de quem quer que estivesse ali. Uma tênue fumaça subia por trás das folhas sem cor.
- Estamos procurando um homem. Pode responder algumas perguntas, senhor?
Nenhuma resposta foi ouvida. Mesmo parados ao lado da mesa, os dois policiais não conseguiam ver quem estava escondido ali:
- Estamos falando com você, atrás do jornal. Poderia fazer a gentileza de responder?
Mais uma vez não se ouviu resposta. O sargento perdeu então a paciência e puxou o jornal:
- Responda ou acabará preso homem!
Para a surpresa dos policiais, ninguém estava ali. O jornal estava apoiado no cinzeiro, junto com um toco de charuto, da onde vinha a fumaça.
- Droga! Aquele fil...
Smith notou que o proprietário havia ficado tão surpreso quanto ele, então foi imponente ao balcão:
- Onde ele está?
- Ele quem? Do que está falando, policial?
- Não me faça de palhaço, homem! – o policial batia forte na madeira. – Asashoryu, quem mais? Ele estava aqui, eu sei!
- Desculpe, mas você deve ter se enganado. Nunca ouvi o nome que mencionou.
Smith já estava explodindo de raiva e sabia que o velho estava lhe enganando.
- Homens, prendam este velhote por obstrução da lei!
- Você não tem como provar isso!
Os policiais não se moverem, como se aprovassem as palavras de John.
Enquanto isso, uma figura observava a movimentação da policia do lado de fora de uma das janelas:
- Hmpf. Depois não se sabe por que a criminalidade dessa cidade é tão alta. Esses caras não prenderiam um criminoso nem que ele entrasse por conta na viatura.
Com um sorriso de desdém nos lábios, Yamada se dirigiu para o estacionamento do outro lado da rua. O prédio tinha seis andares e era um antigo estacionamento abandonado, por isso Asashoryu o usava com freqüência.
Subiu caminhando até o terceiro andar, onde costumava deixar sua moto. Uma bela moto esporte preta, única herança de sua família além de sua arma. Subiu nela e começou a descer em baixa velocidade, para que o ronco do motor não chamasse atenção, porém, por azar, acabou chegando à saída no mesmo momento em que os policiais deixavam o bar:
- Sargento, é ele!
Sacando a arma, Smith tentou gritar para que parasse, mas seu alvo já virara a moto e acelerava para o interior do estacionamento:
- Atrás dele!
As duas viaturas, que estavam paradas em frente ao estabelecimento de John, arrancaram em alta velocidade subindo a antiga pista do prédio. Mais à frente, Yamada já chegava ao topo do prédio sem ainda encontrar uma saída para aquela situação.
Estava na borda, olhando para o prédio vizinho ao estacionamento, dois andares mais baixo. Virou a moto e foi novamente ao centro do andar. Quando as viaturas chegaram, viram Asashoryu acelerando sua moto na direção oposta. Fizeram uma barreira com os carros e desceram apontando suas armas para o homem.
- Você está sem saída! Renda-se ou abriremos fogo!
O homem olhou para trás com um sorriso maroto e então arrancou.
- Não disparem! – gritou o sargento correndo atrás da moto.
Ao chegar à borda, a moto decolou em direção ao prédio de quatro andares. O sargento só conseguiu chegar a tempo de ver seu fugitivo saltando do prédio para cima de um caminhão que passava e depois para o asfalto novamente. Ficou apenas observando até perder o veículo de vista.
- Central, aqui é Sargento Smith. Fugitiva em moto esporte preta, sem placa. Prioridade Dois. Câmbio final!
- Entendido sargento! Câmbio final!
O sargento ainda olhava para o local onde a moto sumira, pensando:
- Então você conseguiu escapar de novo, meu caro? Admito que desta vez você se superou, mas veremos até quando vamos continuar nessa brincadeira.
Um brilho dourado correu pelos olhos do sargento.
Aproveitem e boa leitura!
Um dos policias, notando a mesa do fundo ocupada, bateu de leve no ombro do Sargento, apontando com a cabeça. O policial apenas acenou com a cabeça.
- Vamos dar uma olhada no bar. Pode continuar seus afazeres.
O líder e outro policial seguiram para a mesa do fundo, enquanto os outros se dividiram para falar com as outras três pessoas que haviam entrado a pouco no lugar.
A garrafa sobre a mesa já estava vazia, assim como o copo. O jornal estava levantado, cobrindo o rosto de quem quer que estivesse ali. Uma tênue fumaça subia por trás das folhas sem cor.
- Estamos procurando um homem. Pode responder algumas perguntas, senhor?
Nenhuma resposta foi ouvida. Mesmo parados ao lado da mesa, os dois policiais não conseguiam ver quem estava escondido ali:
- Estamos falando com você, atrás do jornal. Poderia fazer a gentileza de responder?
Mais uma vez não se ouviu resposta. O sargento perdeu então a paciência e puxou o jornal:
- Responda ou acabará preso homem!
Para a surpresa dos policiais, ninguém estava ali. O jornal estava apoiado no cinzeiro, junto com um toco de charuto, da onde vinha a fumaça.
- Droga! Aquele fil...
Smith notou que o proprietário havia ficado tão surpreso quanto ele, então foi imponente ao balcão:
- Onde ele está?
- Ele quem? Do que está falando, policial?
- Não me faça de palhaço, homem! – o policial batia forte na madeira. – Asashoryu, quem mais? Ele estava aqui, eu sei!
- Desculpe, mas você deve ter se enganado. Nunca ouvi o nome que mencionou.
Smith já estava explodindo de raiva e sabia que o velho estava lhe enganando.
- Homens, prendam este velhote por obstrução da lei!
- Você não tem como provar isso!
Os policiais não se moverem, como se aprovassem as palavras de John.
Enquanto isso, uma figura observava a movimentação da policia do lado de fora de uma das janelas:
- Hmpf. Depois não se sabe por que a criminalidade dessa cidade é tão alta. Esses caras não prenderiam um criminoso nem que ele entrasse por conta na viatura.
Com um sorriso de desdém nos lábios, Yamada se dirigiu para o estacionamento do outro lado da rua. O prédio tinha seis andares e era um antigo estacionamento abandonado, por isso Asashoryu o usava com freqüência.
Subiu caminhando até o terceiro andar, onde costumava deixar sua moto. Uma bela moto esporte preta, única herança de sua família além de sua arma. Subiu nela e começou a descer em baixa velocidade, para que o ronco do motor não chamasse atenção, porém, por azar, acabou chegando à saída no mesmo momento em que os policiais deixavam o bar:
- Sargento, é ele!
Sacando a arma, Smith tentou gritar para que parasse, mas seu alvo já virara a moto e acelerava para o interior do estacionamento:
- Atrás dele!
As duas viaturas, que estavam paradas em frente ao estabelecimento de John, arrancaram em alta velocidade subindo a antiga pista do prédio. Mais à frente, Yamada já chegava ao topo do prédio sem ainda encontrar uma saída para aquela situação.
Estava na borda, olhando para o prédio vizinho ao estacionamento, dois andares mais baixo. Virou a moto e foi novamente ao centro do andar. Quando as viaturas chegaram, viram Asashoryu acelerando sua moto na direção oposta. Fizeram uma barreira com os carros e desceram apontando suas armas para o homem.
- Você está sem saída! Renda-se ou abriremos fogo!
O homem olhou para trás com um sorriso maroto e então arrancou.
- Não disparem! – gritou o sargento correndo atrás da moto.
Ao chegar à borda, a moto decolou em direção ao prédio de quatro andares. O sargento só conseguiu chegar a tempo de ver seu fugitivo saltando do prédio para cima de um caminhão que passava e depois para o asfalto novamente. Ficou apenas observando até perder o veículo de vista.
- Central, aqui é Sargento Smith. Fugitiva em moto esporte preta, sem placa. Prioridade Dois. Câmbio final!
- Entendido sargento! Câmbio final!
O sargento ainda olhava para o local onde a moto sumira, pensando:
- Então você conseguiu escapar de novo, meu caro? Admito que desta vez você se superou, mas veremos até quando vamos continuar nessa brincadeira.
Um brilho dourado correu pelos olhos do sargento.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
A Maldição Yamada
Continuação do primeiro capítulo...
- Eu disse para ficar do lado de fora, não foi?
- Eu ouvi barulhos e resolvi ver se não precisava de ajuda.
- Não. Já está tudo resolvido agora. Seu ladrão fugiu.
Asashoryu virou as costas e deixou a casa, porém antes de conseguir entrar no carro foi chamado.
- Ei, ei! Policial!
- Eu não sou um policial, lembra? O que você quer?
- Por que fez aquilo?
- Era um Selo. Só o queimei para purificar a casa. Tradição oriental.
- Não precisa mentir para mim. Eu o vi destruindo aquele... gorila?
Um arrepio gelado lhe percorreu a coluna. Pela primeira vez alguém tinha testemunhado seu trabalho.
- Viu? Como assim?
Puxou outro charuto e o acendeu.
- Vi você lutar com ele e depois destruí-lo usando o “selo”.
- Ora, ora. Você precisa dormir um pouco, está delirando.
Entrou no carro e apressou-se em ligá-lo para sair logo dali, mas antes de fugir, a moça abaixou-se na janela.
- Pode fugir, mas eu vou descobrir o que foi aquilo.
Sem olhar para ela, arrancou com o carro. Voltou ao local de onde o havia pegado e o abandonou lá. Tomou o cuidado de verificar se estava sendo seguindo, ou se havia alguém que pudesse vê-lo saindo do carro. Depois seguiu para o habitual bar onde sempre acabavam suas noites, que se localizava a poucas quadras dali.
O bar ficava em uma esquina sombria, e apesar de bem localizado era pouco freqüentado, o que foi crucial para a escolha de Yamada. Era um estabelecimento pequeno, com poucas mesas e um curto balcão. Como de costume, sentou-se em sua mesa aos fundos, mesa que sempre estava reservada.
- Seu whisky, senhor!
- Oh, obrigado, John. – bebeu toda a dose – Pode trazer o próximo sem gelo.
- Noite difícil, chefe?
- Como todas.
John já havia se habituado às poucas palavras e ao jeito rude de Yamada. Já tinha 57 anos, abrira o bar apenas por hobby e o japonês era seu único cliente regular. Desde que não arrumasse confusão e pagasse por suas bebidas, John considerava um amigo.
- Estou um tanto ocupado hoje, então deixarei a garrafa se não se importa.
De traz do jornal, agora aberto, veio a resposta:
- Tudo bem. Pode me conseguir um charuto? Os meus acabaram.
- Devia arrumar uma charuteira maior, ou fumar menos.
O jornal desceu um pouco. O velho já estava seguindo para o balcão:
- Você deveria se preocupar só com o dinheiro que lhe pago por eles.
Depois de entregar o charuto a Yamada, o senhor voltou para seus afazeres atrás do balcão. O bar estava vazio, exceto pelo caçador que agora lia seu jornal em silêncio. Um silêncio que só era quebrado pelo som do copo encontrando a mesa periodicamente.
Alguns minutos se passaram até um pequeno grupo de cinco policiais, liderados pelo Sarg. Smith, entrarem no estabelecimento. Foram direto ao balcão:
- Com licença, senhor, mas procuramos um homem e temos fortes indícios de que ele possa estar aqui.
- Eu disse para ficar do lado de fora, não foi?
- Eu ouvi barulhos e resolvi ver se não precisava de ajuda.
- Não. Já está tudo resolvido agora. Seu ladrão fugiu.
Asashoryu virou as costas e deixou a casa, porém antes de conseguir entrar no carro foi chamado.
- Ei, ei! Policial!
- Eu não sou um policial, lembra? O que você quer?
- Por que fez aquilo?
- Era um Selo. Só o queimei para purificar a casa. Tradição oriental.
- Não precisa mentir para mim. Eu o vi destruindo aquele... gorila?
Um arrepio gelado lhe percorreu a coluna. Pela primeira vez alguém tinha testemunhado seu trabalho.
- Viu? Como assim?
Puxou outro charuto e o acendeu.
- Vi você lutar com ele e depois destruí-lo usando o “selo”.
- Ora, ora. Você precisa dormir um pouco, está delirando.
Entrou no carro e apressou-se em ligá-lo para sair logo dali, mas antes de fugir, a moça abaixou-se na janela.
- Pode fugir, mas eu vou descobrir o que foi aquilo.
Sem olhar para ela, arrancou com o carro. Voltou ao local de onde o havia pegado e o abandonou lá. Tomou o cuidado de verificar se estava sendo seguindo, ou se havia alguém que pudesse vê-lo saindo do carro. Depois seguiu para o habitual bar onde sempre acabavam suas noites, que se localizava a poucas quadras dali.
O bar ficava em uma esquina sombria, e apesar de bem localizado era pouco freqüentado, o que foi crucial para a escolha de Yamada. Era um estabelecimento pequeno, com poucas mesas e um curto balcão. Como de costume, sentou-se em sua mesa aos fundos, mesa que sempre estava reservada.
- Seu whisky, senhor!
- Oh, obrigado, John. – bebeu toda a dose – Pode trazer o próximo sem gelo.
- Noite difícil, chefe?
- Como todas.
John já havia se habituado às poucas palavras e ao jeito rude de Yamada. Já tinha 57 anos, abrira o bar apenas por hobby e o japonês era seu único cliente regular. Desde que não arrumasse confusão e pagasse por suas bebidas, John considerava um amigo.
- Estou um tanto ocupado hoje, então deixarei a garrafa se não se importa.
De traz do jornal, agora aberto, veio a resposta:
- Tudo bem. Pode me conseguir um charuto? Os meus acabaram.
- Devia arrumar uma charuteira maior, ou fumar menos.
O jornal desceu um pouco. O velho já estava seguindo para o balcão:
- Você deveria se preocupar só com o dinheiro que lhe pago por eles.
Depois de entregar o charuto a Yamada, o senhor voltou para seus afazeres atrás do balcão. O bar estava vazio, exceto pelo caçador que agora lia seu jornal em silêncio. Um silêncio que só era quebrado pelo som do copo encontrando a mesa periodicamente.
Alguns minutos se passaram até um pequeno grupo de cinco policiais, liderados pelo Sarg. Smith, entrarem no estabelecimento. Foram direto ao balcão:
- Com licença, senhor, mas procuramos um homem e temos fortes indícios de que ele possa estar aqui.
sábado, 15 de maio de 2010
Primeira Ilustração
Postando ilustração de Asashoryu Yamada, feita pela minha ilustradora oficial a Aninha ^^
Ficou bem legal, e eu acompanhei o processo de criação ^^
Thanks, Aninha.
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A Maldição Yamada
Segunda parte do primeiro capítulo. Aproveitando para retificar, o título original do livro é: "A Maldição Yamada"
os outros livros ainda não tão bons pra postar, então vou ir atualizando esses 3 por enquanto. Em breve lanço alguma novidade. ^^
Aproveitem e boa leitura!
Os policias abriram a grade e a porta com uma chave mestra. Entraram com armas em punho e lanternas ligadas.
- Vasculhe tudo, mas cuidado! Ainda podem estar aqui!
O outro policial acenou com a cabeça e começaram a adentrar o recinto. Mal caminharam alguns passos e ouviram a grade descendo e um clik! Ao virarem-se para porta viram um vulto do lado de fora girando a chave nos dedos.
- Você!!!
- Boa noite Sargento Smith!
- Ora seu... Abra essa porta!
- Desculpe Sargento, mas estou com um pouco de pressa. – Asashoryu virou as costas e saiu – A propósito, preciso da viatura emprestada. Até mais!
- Volte aqui, maldito!
O sargento não pode fazer mais do que gritar enquanto via sua viatura partir. Pegou o rádio no ombro.
- Todas as unidades da área central: localizem e detenham a viatura 0311! Repito: viaturas da área central localizem e detenham a viatura 0311!
- Aqui é central! Sargento, esta não é sua viatura?
- Sim central, mas ela foi roubada. Retransmita o recado sim?
- Sim senhor, sargento!
A quadras dali, Asashoryu, dirigia a viatura em busca de seu alvo. Entrara em uma rua com algumas casas simples e de grande jardim quando foi surpreendido por uma mulher que praticamente se atirara em frente ao carro.
- Ei, está louca? – disse ele descendo do carro.
- Policial alguém invadiu min... Espere você não é policial.
- Disse que alguém invadiu sua casa?
Estava com uma expressão estranha. Havia sentido algo estranho na casa e decidira averiguar.
- Sim, mas eu não vi ninguém!
Yamada já estava a caminho da casa e não dava mais ouvidos para a mulher.
- Espere aqui fora. Vou ver isto.
- Mas você nem é policial! Quem é você?
A moça ficara gritando do lado de fora.
Ao entrar, deparou-se com uma bela sala com uma escada grande para o andar de cima. O cheiro estranho vinha do andar de cima, juntamente com o barulho de alguém revirando coisas.
Subiu lentamente pela escada. O andar de cima se resumia a um estreito corredor com quatro portas. Uma delas entreaberta, da onde vinha o cheiro e o barulho. Ao se aproximar o barulho parou. Quando foi abrir a porta, tomou um grande soco que o jogou para o andar de baixo.
- Yamada! Você não desiste?
O “gorilão” pulou para o andar de baixo e falava ironicamente, com um sorriso de desdém nos lábios.
- Você não é tão bom assim. E seu cheiro ajuda.
- Pois dessa vez acabaremos com isso!
Os espinhos já brotavam no braço direito, mas desta vez lançou um ataque horizontal. Em um ágil salto, o japonês desviou dos espinhos e caiu aos pés do inimigo, cortando o braço do ataque. Logo ao cair, agachado, foi atingindo por um forte chute que o lançou do outro lado da sala.
- Maldito! Vai pagar por isso agora!
Arremessou os espinhos do braço que ainda lhe restava, mas asashoryu conseguiu saltar alto o bastante para desviar e cair sobre o peito do inimigo. Impulsionou-se para o mortal de costas e cortou o outro braço do adversário com o movimento.
O gorila gemia e urrava de dor, já de joelhos no chão. O japonês retirou um papel com um escrito oriental do bolso e colou no peito do monstro. Recitou um curto mantra e logo, o invasor desfez-se em fagulhas verdes que se prenderam no papel. Com seu isqueiro, então, queimou-o.
- Oh!
Com o som, virou-se rapidamente para porta, deparando-se com a moça parada ali.
os outros livros ainda não tão bons pra postar, então vou ir atualizando esses 3 por enquanto. Em breve lanço alguma novidade. ^^
Aproveitem e boa leitura!
Os policias abriram a grade e a porta com uma chave mestra. Entraram com armas em punho e lanternas ligadas.
- Vasculhe tudo, mas cuidado! Ainda podem estar aqui!
O outro policial acenou com a cabeça e começaram a adentrar o recinto. Mal caminharam alguns passos e ouviram a grade descendo e um clik! Ao virarem-se para porta viram um vulto do lado de fora girando a chave nos dedos.
- Você!!!
- Boa noite Sargento Smith!
- Ora seu... Abra essa porta!
- Desculpe Sargento, mas estou com um pouco de pressa. – Asashoryu virou as costas e saiu – A propósito, preciso da viatura emprestada. Até mais!
- Volte aqui, maldito!
O sargento não pode fazer mais do que gritar enquanto via sua viatura partir. Pegou o rádio no ombro.
- Todas as unidades da área central: localizem e detenham a viatura 0311! Repito: viaturas da área central localizem e detenham a viatura 0311!
- Aqui é central! Sargento, esta não é sua viatura?
- Sim central, mas ela foi roubada. Retransmita o recado sim?
- Sim senhor, sargento!
A quadras dali, Asashoryu, dirigia a viatura em busca de seu alvo. Entrara em uma rua com algumas casas simples e de grande jardim quando foi surpreendido por uma mulher que praticamente se atirara em frente ao carro.
- Ei, está louca? – disse ele descendo do carro.
- Policial alguém invadiu min... Espere você não é policial.
- Disse que alguém invadiu sua casa?
Estava com uma expressão estranha. Havia sentido algo estranho na casa e decidira averiguar.
- Sim, mas eu não vi ninguém!
Yamada já estava a caminho da casa e não dava mais ouvidos para a mulher.
- Espere aqui fora. Vou ver isto.
- Mas você nem é policial! Quem é você?
A moça ficara gritando do lado de fora.
Ao entrar, deparou-se com uma bela sala com uma escada grande para o andar de cima. O cheiro estranho vinha do andar de cima, juntamente com o barulho de alguém revirando coisas.
Subiu lentamente pela escada. O andar de cima se resumia a um estreito corredor com quatro portas. Uma delas entreaberta, da onde vinha o cheiro e o barulho. Ao se aproximar o barulho parou. Quando foi abrir a porta, tomou um grande soco que o jogou para o andar de baixo.
- Yamada! Você não desiste?
O “gorilão” pulou para o andar de baixo e falava ironicamente, com um sorriso de desdém nos lábios.
- Você não é tão bom assim. E seu cheiro ajuda.
- Pois dessa vez acabaremos com isso!
Os espinhos já brotavam no braço direito, mas desta vez lançou um ataque horizontal. Em um ágil salto, o japonês desviou dos espinhos e caiu aos pés do inimigo, cortando o braço do ataque. Logo ao cair, agachado, foi atingindo por um forte chute que o lançou do outro lado da sala.
- Maldito! Vai pagar por isso agora!
Arremessou os espinhos do braço que ainda lhe restava, mas asashoryu conseguiu saltar alto o bastante para desviar e cair sobre o peito do inimigo. Impulsionou-se para o mortal de costas e cortou o outro braço do adversário com o movimento.
O gorila gemia e urrava de dor, já de joelhos no chão. O japonês retirou um papel com um escrito oriental do bolso e colou no peito do monstro. Recitou um curto mantra e logo, o invasor desfez-se em fagulhas verdes que se prenderam no papel. Com seu isqueiro, então, queimou-o.
- Oh!
Com o som, virou-se rapidamente para porta, deparando-se com a moça parada ali.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Asashoryu Yamada
Sem mais delongas, postarei agora a primeira parte de um dos livros: Asashoryu Yamada!
Admito que não sou muito criativo para títulos, mas faço o que posso. Este é um dos 9 ou 10 livros que pretendo escrever. É o segundo que comecei e ainda está em produção.
Descrição: O livro trata de um japonês, que vive nos Eua e é vítima de uma maldição que foi posta em sua família ainda na época do Japão Feudal. O livro se divide em duas partes, os dias atuais da vida do protagonista, e alguns flash backs de seus ancestrais, como modo de explicar e relatar o decorrer da maldição.
Tento trazer um relato simples e romanciado de um tema muito discutido tanto por religiões quanto por ocultistas: o plano de existência dos espíritos, também conhecido como a "vida após a morte"
Críticas, dúvidas e sugestões, via comentários do post.
Como sempre, espero que gostem e boa leitura!
Capítulo Um
Mais uma fria sexta-feira de novembro. Abre seu casaco preto e tira de um bolso interno, um cilindro metálico. Usa o polegar para abri-lo, leva a boca e morde o conteúdo do cilindro. Com a outra mão já tateava o bolso esquerdo da calça. Ao abaixar o cilindro, revelou um autêntico charuto cubano em sua boca, acendeu-o com seu belo isqueiro Zippo dourado, depois guardou o porta-charuto e o isqueiro em seus respectivos bolsos.
Aproveitou a pequena brecha entre as nuvens para dar uma boa olhada na lua, sua musa inspiradora. O pequeno brilho prateado refletido fazia um lindo contraste em seus olhos negros. Pitou o charuto, prendeu os cabelos, que mal lhe passavam dos ombros, para que não caíssem em seus olhos.
Deu mais uma pitada e caminhou até a beirada do prédio. Puxou o relógio de bolso do casaco. Oito horas. O charuto ainda estava pela metade, mas foi jogado fora.
- Belo presente de aniversário.
A joelhada no ar fez com que o wakzashi fosse lançado do coturno para a mão dele, em seguida atirou-se do prédio.
Caiu por quatro dos dez andares do prédio, antes de se pendurar no pescoço de uma estranha criatura, que havia saído de uma das janelas do prédio em frente do que estava.
A criatura caiu em pé, apesar dos seis andares que a separavam do chão. Suas duas enormes pegadas ficaram impressas no asfalto. Assim que se restabeleceu do “pouso”, pegou o intruso de suas costas pela gola, e arremessou para longe. Num ágil movimento, o homem conseguiu segurar-se na haste de uma placa e, depois de executar um giro, aterrissou sem problemas na calçada.
- Yamada!
A voz cavernosa da estranha criatura, que parecia um gorila cinzento de quase quatro metros de altura, cortou o ar e chegou aos ouvidos do rapaz que simplesmente sorriu.
- Então sabe quem eu sou?
O homem, que se mantinha agachado desde seu pouso, levantou-se. O gorila gargalhou.
- Todo o Limbo já conhece sua lenda. O japonês amaldiçoado, que já exterminou trinta espectros, munido apenas de seu poderoso wakzashi: Asashoryu Yamada!
Asashoryu passa a mão em sua rala barba e desembainha a arma.
- Na verdade, você é o trigésimo sexto.
Mais uma estrondosa gargalhada do inimigo.
- Não desta vez, amigo!
O gorila levanta os braços, verticalmente, acima da cabeça, fazendo com que um estranho brilho corresse por eles. Asashoryu concentra seu olhar nos pêlos dos braços do inimigo e toma uma expressão preocupada.
- Droga!
Ao abaixar os braços, o monstro arremessa uma chuva de espinhos compridos, que deixam seus braços nus. Sem ter tempo de esquivar-se, o japonês protege a cabeça com os braços. A nuvem afiada atinge em cheio seu alvo, jogando-o contra a vitrine de uma relojoaria.
O alarme toca e, imediatamente, uma grade desce lacrando a vitrine. Ao levantar a cabeça, o caçador vê sua presa dar mais uma gargalhada e sumir na noite. Ele se levanta, tira o casaco e depois a leve armadura de couro, crivada de espinhos, que protegia seus braços, pernas e tórax.
Só a tempo de acender outro charuto antes das sirenes começarem a soar no inicio da rua. Antes de suas luzes começarem a refletir na parede, Yamada já havia subido as escadas que levavam ao estoque da loja procurando um jeito de sair dali. Só o que encontrou foram os dutos de ventilação.
Admito que não sou muito criativo para títulos, mas faço o que posso. Este é um dos 9 ou 10 livros que pretendo escrever. É o segundo que comecei e ainda está em produção.
Descrição: O livro trata de um japonês, que vive nos Eua e é vítima de uma maldição que foi posta em sua família ainda na época do Japão Feudal. O livro se divide em duas partes, os dias atuais da vida do protagonista, e alguns flash backs de seus ancestrais, como modo de explicar e relatar o decorrer da maldição.
Tento trazer um relato simples e romanciado de um tema muito discutido tanto por religiões quanto por ocultistas: o plano de existência dos espíritos, também conhecido como a "vida após a morte"
Críticas, dúvidas e sugestões, via comentários do post.
Como sempre, espero que gostem e boa leitura!
Capítulo Um
Mais uma fria sexta-feira de novembro. Abre seu casaco preto e tira de um bolso interno, um cilindro metálico. Usa o polegar para abri-lo, leva a boca e morde o conteúdo do cilindro. Com a outra mão já tateava o bolso esquerdo da calça. Ao abaixar o cilindro, revelou um autêntico charuto cubano em sua boca, acendeu-o com seu belo isqueiro Zippo dourado, depois guardou o porta-charuto e o isqueiro em seus respectivos bolsos.
Aproveitou a pequena brecha entre as nuvens para dar uma boa olhada na lua, sua musa inspiradora. O pequeno brilho prateado refletido fazia um lindo contraste em seus olhos negros. Pitou o charuto, prendeu os cabelos, que mal lhe passavam dos ombros, para que não caíssem em seus olhos.
Deu mais uma pitada e caminhou até a beirada do prédio. Puxou o relógio de bolso do casaco. Oito horas. O charuto ainda estava pela metade, mas foi jogado fora.
- Belo presente de aniversário.
A joelhada no ar fez com que o wakzashi fosse lançado do coturno para a mão dele, em seguida atirou-se do prédio.
Caiu por quatro dos dez andares do prédio, antes de se pendurar no pescoço de uma estranha criatura, que havia saído de uma das janelas do prédio em frente do que estava.
A criatura caiu em pé, apesar dos seis andares que a separavam do chão. Suas duas enormes pegadas ficaram impressas no asfalto. Assim que se restabeleceu do “pouso”, pegou o intruso de suas costas pela gola, e arremessou para longe. Num ágil movimento, o homem conseguiu segurar-se na haste de uma placa e, depois de executar um giro, aterrissou sem problemas na calçada.
- Yamada!
A voz cavernosa da estranha criatura, que parecia um gorila cinzento de quase quatro metros de altura, cortou o ar e chegou aos ouvidos do rapaz que simplesmente sorriu.
- Então sabe quem eu sou?
O homem, que se mantinha agachado desde seu pouso, levantou-se. O gorila gargalhou.
- Todo o Limbo já conhece sua lenda. O japonês amaldiçoado, que já exterminou trinta espectros, munido apenas de seu poderoso wakzashi: Asashoryu Yamada!
Asashoryu passa a mão em sua rala barba e desembainha a arma.
- Na verdade, você é o trigésimo sexto.
Mais uma estrondosa gargalhada do inimigo.
- Não desta vez, amigo!
O gorila levanta os braços, verticalmente, acima da cabeça, fazendo com que um estranho brilho corresse por eles. Asashoryu concentra seu olhar nos pêlos dos braços do inimigo e toma uma expressão preocupada.
- Droga!
Ao abaixar os braços, o monstro arremessa uma chuva de espinhos compridos, que deixam seus braços nus. Sem ter tempo de esquivar-se, o japonês protege a cabeça com os braços. A nuvem afiada atinge em cheio seu alvo, jogando-o contra a vitrine de uma relojoaria.
O alarme toca e, imediatamente, uma grade desce lacrando a vitrine. Ao levantar a cabeça, o caçador vê sua presa dar mais uma gargalhada e sumir na noite. Ele se levanta, tira o casaco e depois a leve armadura de couro, crivada de espinhos, que protegia seus braços, pernas e tórax.
Só a tempo de acender outro charuto antes das sirenes começarem a soar no inicio da rua. Antes de suas luzes começarem a refletir na parede, Yamada já havia subido as escadas que levavam ao estoque da loja procurando um jeito de sair dali. Só o que encontrou foram os dutos de ventilação.
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