quinta-feira, 13 de maio de 2010

Anne

Bom, caros leitores, como prometido, estarei agora postando a primeira parte de outro dos livros.

Em ordem cronológica, este é o terceiro que começei. Este é novinho, começei o ano passado. Ainda está em produção, e por enquanto é o único que tem como protagonista uma mulher.

Descrição: Anne, trata da história de uma adolescente aparentemente comum, cursando o colegial. Tudo ia bem até ela ter descoberto um estranho livro antigo em sua casa e começar a ter pesadelos estranhos. Além disso, um novo aluno apareçe em sua escola, trazendo mais esquisitices para sua vida.
Neste livro, trato de um assunto comum e misterioso, desde a antiguidade da história, a magia. Criaturas míticas, um novo mundo antigo e um pouco de história mitológica.

Agradeço pelas visitas, e comentários. Espero que apreciem esta nova história, e boa leitura!



Capítulo Um


- Anne! Anne!
A garota largou o lápis rapidamente, como se tivesse sido acuada por um predador.
- Anne, o sinal do almoço já tocou. Você não vem?
Olhando rápido para seu desenho no caderno, fechou-o.
- Claro! Vou sim. Desculpe estava um pouco distraída.
- Um pouco?
Anne recolheu suas coisas e logo as duas meninas estavam a caminho do refeitório. Anne seguia quieta enquanto July, sua melhor amiga, tagarelava sobre a aula, o baile da primavera e outras coisas, as quais passavam por seu ouvido como se fossem intangíveis.
Anne estava agora com dezesseis anos. Cursava o ensino médio da Escola Petterson, a escola que freqüentava desde o primário. Tinha um pequeno grupo de amigos, mas July era a principal. Sempre fora popular, principalmente com os garotos. Suas belas feições ajudavam nisso: lisos e longos cabelos negros, olhos da mesma cor, a face levemente corada, lábios pequenos e rosados e pele clara. Havia também um sinal de nascença em seu ombro esquerdo em forma de meia lua.
Não era só fisicamente bela, mas também tinha tido as melhores notas da turma desde o ginásio. Era também muito cuidadosa com os amigos e sempre se preocupava mais com os outros do que consigo mesma. Era determinada e muito talentosa com o que quiser que fizesse. Pelo menos até a última semana.
Já estavam sentadas e comendo a um bom tempo:
- Anne! Você está me ouvindo?
- Sim! Estou.
- E do que eu falava?
- Da sua roupa para o baile.
Anne deu um sorriso.
- Você até podia estar escutando, mas não estava me ouvindo. Estava aí brincando com a comida com cara de boba.
- Ah, desculpe, July. Eu não dormi bem, só isso.
Mesmo sem acreditar muito, a amiga consentiu com a cabeça e retomou o assunto. Depois de comerem, foram até o pátio para aproveitarem os últimos minutos do intervalo, porém antes de chegarem, um garoto esbarrou em Anne e está derrubou sem caderno que abriu. July pode ter uma boa visão do desenho, mesmo a garota se apressando para apanhá-lo:
- Então é isso! Você estava lendo aquilo de novo não?
- Não! É só um dos desenhos que eu fiz na semana passada.
- Anne, eu te conheço desde o primário, nem tente mentir para mim.
A garota relutou um pouco, mas decidiu admitir:
- Tudo bem! Eu li ontem à noite.
- Amiga, nós já não tínhamos concordado que eram um monte de besteiras e que você não ia mais perder tempo com isso?
- Sim, mas na verdade eu só concordei por você. Você sabe que eu acredito que tudo tem um sentido. Até o aparecimento daquele livro.
- É só um livro empoeirado...
- E o que ele fazia em cima do meu roupeiro. Eu não o coloquei lá. E nunca tinha visto antes. E eu acho...
- Ah, não! O sonho de novo não!
A expressão avoada da menina tornou-se ríspida.
- O sonho sim! Não é normal repetir-se tantas vezes. Pra você pode ser comum, mas eu não acho. E eu não preciso da sua crença também.
Virou-se e saiu em direção ao pátio. Não apareceu no laboratório para aula de química, a última do dia. Em vez disso ficou no pátio sob a sombra de uma árvore contemplando o desenho em seu caderno. Um círculo com outros dois menores dentro, rodeados por símbolos e traços, o que ela acreditava ser um círculo de magia.

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