terça-feira, 14 de junho de 2011
sábado, 31 de julho de 2010
Segunda Ilustração
Depois de uma longa pausa nas postagens, estou voltando a atividade. Alguns problemas familiares que precisavam ser resolvidos, mas agora estou de volta.
Para reinaugurar o blog, a mais nova ilustração de A Maldição Yamada. Feita pela minha ilustradora preferida, Ana. A ilustração foi inspirada no primeiro capítulo do livro.
Aproveitem!
domingo, 27 de junho de 2010
Mephisto
Postagem mais longa para compensar os atrasos =p
Aproveitem e boa leitura! Próxima postagem 3 de julho de 2010.
Neste dia Brad conheceu Joanne. Eles conversaram bastante no chat e trocavam e-mails. Depois de duas semanas conversando resolveram se conhecer. Marcaram um encontro num parque da cidade. Brad adorava conversar com Joanne. Ela parecia entendê-lo, como se fosse a outra parte dele. Brad falava de tudo com ela, desde contar seus problemas até falar sobre Mary. Joanne era uma garota meio depressiva, mas adorável. Os dois se ajudavam mutuamente e estavam ansiosos por se conhecerem.
Brad agora com seus dezessete anos, estava de cabelos longos, seus olhos eram ainda mais verdes. Brad não era muito atlético, mas tinha seus músculos. Media 1,72 e pesava pouco mais de 57 quilos. Vestia-se como queria. Não dava importância para combinação de cores, estilos, ou mesmo moda. Exceto quando estava “trabalhando.” Nestes casos Brad vestia-se geralmente com ternos ou sobretudos, arrumava os cabelos com elegância. Por baixo das roupas levava sempre pistolas, submetralhadoras, facas e outros instrumentos de trabalho. Brad não se orgulhava do que fazia, mas tratou de ser o melhor.
Ao chegar ao parque, Brad sentou-se em um banco e ficou esperando sua nova amiga chegar. Quando se encontrou com Joanne, ficou extasiado. Aquela só podia ser uma imagem divina. Era uma bela jovem de cabelos muito longos e ruivos. Seus olhos castanhos como amêndoas, reluziam ao sol. Sua boca rósea lembrava um pequeno coração. Sua pele era clara como a neve. Joanne não era muito alta e 5 anos mais nova. Brad não se importava com isso. Havia retirado uma linda sereia de um mar cheio de tubarões.
Os dois conversaram durante horas. Dentro de poucos dias estavam namorando. Brad conseguiu acabar com a depressão de Joanne. Ela admirava-o cada vez mais. O amor dos dois crescia a cada dia. Joanne ajudava Brad a cuidar de Mary. Depois de três meses Brad resolveu contar a Joanne sobre sua profissão. Brad marcou então um jantar no dia de seu aniversário de namoro. Preparou uma noite bem romântica e ficou treinando como ia dizer que era um assassino para Joanne.
No horário marcado ela chegou. Brad abriu a porta. Ela estava linda. Nunca a tinha visto tão bela. Usava um vestido vermelho, estava com uma trança no cabelo e um brilhante batom vermelho. Brad fez Joanne entrar e serviu o jantar. Sem querer deixou a tv ligada durante o jantar e justo quando abriu a boca para falar sobre sua vida secreta, o noticiário anuncia a morte de um investigador na noite passada. O investigador foi morto por uma bala do rifle preferido de Brad.
- Que horror!
- Como?
- Eu disse, que horror! Como uma pessoa pode matar a outra?
- Ora, são coisas que acontecem.
- Coisas que acontecem? Quem dá o direito a uma pessoa de decidir quem vive e quem morre?
- Ninguém. Mas... Veja bem... Às vezes estas pessoas são obrigadas a fazerem isso. Não tem alternativa. E, às vezes precisam fazer isso para salvarem as pessoas que amam.
- Mesmo assim, Brad. Nada justifica. Eu jamais faria algo assim e esses assassinos me enojam.
- Er... Bem! Que tal se eu desligasse a tv e parássemos de falar nisso? É uma noite especial.
- Eu concordo. Te amo, Brad!
- Também te amo, querida.
Brad desligou a tv. Fica na sala mais uns instantes pensativo e depois volta a mesa. Depois do jantar, os dois bebem um copo de vinho e vão se deitar. Depois de fazerem amor, Joanne deita-se no ombro de seu amado e adormece. Brad, porém, não consegue dormir. O noticiário havia anunciado mais do que um de seus assassinatos. Ele teria que tomar uma decisão muito difícil.
Brad levantou-se da cama e foi até a janela olhar as estrelas. Alguns minutos ali e Brad começou a lembrar de quando era criança. Lembrou-se das noites em que deitava na grama da fazenda e ficava olhando o céu. Lembrou da vez em que decidiu contar as estrelas e depois das cem primeiras desistiu. Lembrou-se das noites de festa em que sua família toda se reunia e eram felizes. Um sorriso infantil brotou em seu rosto. Era uma pena as coisas terem mudado tanto. Sua família agora era completamente desunida. Estavam todos espalhados pelo país. Nas noites em que adormecia sobre a relva, Brad jamais imaginara que um dia seria um assassino frio como havia se tornado. Brad voltou-se para o lado e olhou para o rosto angelical de sua amada. Seu único pensamento no momento era de jamais magoar esta mulher. E viver com ela o resto de sua vida.
Na noite seguinte Brad foi até o Bronkx. Estava com suas duas pistolas sob o sobretudo. Tinha tomado sua decisão. Entrou no clube Fox, onde Sarah trabalhava, e foi direto a sala de Iceman. Sem bater, Brad abriu a porta e entrou. Iceman estava no telefone. Assim que Brad entrou, ele desligou.
- O que pensa que está fazendo moleque? Enlouqueceu?
Brad, sem responder, aproximou-se da mesa de Iceman, puxou as duas armas.
- O que pensa que vai fazer? Está maluco? Abaixe essas coisas!
Brad engatilhou as duas pistolas e largou-as na mesa.
- Estou fora! Arrume outro para fazer seu trabalho sujo.
- O quê? Quem você pensa que é? Eu digo quando você está fora ou não! Sua vagabunda ainda me deve, garoto!
Brad parou na porta. Seus punhos fecharam como por impulso. Num lance rápido agarrou Iceman pelo colarinho e ergueu-o a uns dez centímetros do chão.
- Torne a chamar, Mary de vagabunda e você não vai mais precisar se preocupar com os negócios. Entendeu? E agora pegue essas suas armas sujas e resolva você mesmo seus probleminhas. Não mato mais por você, seu verme!
Dito isso, Brad jogou Iceman em sua cadeira e saiu porta a fora. Despediu-se de Sarah e foi embora. Não voltaria aquele lugar de novo. Não nesta vida.
Aproveitem e boa leitura! Próxima postagem 3 de julho de 2010.
Neste dia Brad conheceu Joanne. Eles conversaram bastante no chat e trocavam e-mails. Depois de duas semanas conversando resolveram se conhecer. Marcaram um encontro num parque da cidade. Brad adorava conversar com Joanne. Ela parecia entendê-lo, como se fosse a outra parte dele. Brad falava de tudo com ela, desde contar seus problemas até falar sobre Mary. Joanne era uma garota meio depressiva, mas adorável. Os dois se ajudavam mutuamente e estavam ansiosos por se conhecerem.
Brad agora com seus dezessete anos, estava de cabelos longos, seus olhos eram ainda mais verdes. Brad não era muito atlético, mas tinha seus músculos. Media 1,72 e pesava pouco mais de 57 quilos. Vestia-se como queria. Não dava importância para combinação de cores, estilos, ou mesmo moda. Exceto quando estava “trabalhando.” Nestes casos Brad vestia-se geralmente com ternos ou sobretudos, arrumava os cabelos com elegância. Por baixo das roupas levava sempre pistolas, submetralhadoras, facas e outros instrumentos de trabalho. Brad não se orgulhava do que fazia, mas tratou de ser o melhor.
Ao chegar ao parque, Brad sentou-se em um banco e ficou esperando sua nova amiga chegar. Quando se encontrou com Joanne, ficou extasiado. Aquela só podia ser uma imagem divina. Era uma bela jovem de cabelos muito longos e ruivos. Seus olhos castanhos como amêndoas, reluziam ao sol. Sua boca rósea lembrava um pequeno coração. Sua pele era clara como a neve. Joanne não era muito alta e 5 anos mais nova. Brad não se importava com isso. Havia retirado uma linda sereia de um mar cheio de tubarões.
Os dois conversaram durante horas. Dentro de poucos dias estavam namorando. Brad conseguiu acabar com a depressão de Joanne. Ela admirava-o cada vez mais. O amor dos dois crescia a cada dia. Joanne ajudava Brad a cuidar de Mary. Depois de três meses Brad resolveu contar a Joanne sobre sua profissão. Brad marcou então um jantar no dia de seu aniversário de namoro. Preparou uma noite bem romântica e ficou treinando como ia dizer que era um assassino para Joanne.
No horário marcado ela chegou. Brad abriu a porta. Ela estava linda. Nunca a tinha visto tão bela. Usava um vestido vermelho, estava com uma trança no cabelo e um brilhante batom vermelho. Brad fez Joanne entrar e serviu o jantar. Sem querer deixou a tv ligada durante o jantar e justo quando abriu a boca para falar sobre sua vida secreta, o noticiário anuncia a morte de um investigador na noite passada. O investigador foi morto por uma bala do rifle preferido de Brad.
- Que horror!
- Como?
- Eu disse, que horror! Como uma pessoa pode matar a outra?
- Ora, são coisas que acontecem.
- Coisas que acontecem? Quem dá o direito a uma pessoa de decidir quem vive e quem morre?
- Ninguém. Mas... Veja bem... Às vezes estas pessoas são obrigadas a fazerem isso. Não tem alternativa. E, às vezes precisam fazer isso para salvarem as pessoas que amam.
- Mesmo assim, Brad. Nada justifica. Eu jamais faria algo assim e esses assassinos me enojam.
- Er... Bem! Que tal se eu desligasse a tv e parássemos de falar nisso? É uma noite especial.
- Eu concordo. Te amo, Brad!
- Também te amo, querida.
Brad desligou a tv. Fica na sala mais uns instantes pensativo e depois volta a mesa. Depois do jantar, os dois bebem um copo de vinho e vão se deitar. Depois de fazerem amor, Joanne deita-se no ombro de seu amado e adormece. Brad, porém, não consegue dormir. O noticiário havia anunciado mais do que um de seus assassinatos. Ele teria que tomar uma decisão muito difícil.
Brad levantou-se da cama e foi até a janela olhar as estrelas. Alguns minutos ali e Brad começou a lembrar de quando era criança. Lembrou-se das noites em que deitava na grama da fazenda e ficava olhando o céu. Lembrou da vez em que decidiu contar as estrelas e depois das cem primeiras desistiu. Lembrou-se das noites de festa em que sua família toda se reunia e eram felizes. Um sorriso infantil brotou em seu rosto. Era uma pena as coisas terem mudado tanto. Sua família agora era completamente desunida. Estavam todos espalhados pelo país. Nas noites em que adormecia sobre a relva, Brad jamais imaginara que um dia seria um assassino frio como havia se tornado. Brad voltou-se para o lado e olhou para o rosto angelical de sua amada. Seu único pensamento no momento era de jamais magoar esta mulher. E viver com ela o resto de sua vida.
Na noite seguinte Brad foi até o Bronkx. Estava com suas duas pistolas sob o sobretudo. Tinha tomado sua decisão. Entrou no clube Fox, onde Sarah trabalhava, e foi direto a sala de Iceman. Sem bater, Brad abriu a porta e entrou. Iceman estava no telefone. Assim que Brad entrou, ele desligou.
- O que pensa que está fazendo moleque? Enlouqueceu?
Brad, sem responder, aproximou-se da mesa de Iceman, puxou as duas armas.
- O que pensa que vai fazer? Está maluco? Abaixe essas coisas!
Brad engatilhou as duas pistolas e largou-as na mesa.
- Estou fora! Arrume outro para fazer seu trabalho sujo.
- O quê? Quem você pensa que é? Eu digo quando você está fora ou não! Sua vagabunda ainda me deve, garoto!
Brad parou na porta. Seus punhos fecharam como por impulso. Num lance rápido agarrou Iceman pelo colarinho e ergueu-o a uns dez centímetros do chão.
- Torne a chamar, Mary de vagabunda e você não vai mais precisar se preocupar com os negócios. Entendeu? E agora pegue essas suas armas sujas e resolva você mesmo seus probleminhas. Não mato mais por você, seu verme!
Dito isso, Brad jogou Iceman em sua cadeira e saiu porta a fora. Despediu-se de Sarah e foi embora. Não voltaria aquele lugar de novo. Não nesta vida.
sábado, 26 de junho de 2010
Anne
Postagem com atraso. Não publiquei A Maldição Yamada na data, como o combinado, pois o livro está em edição. Desculpem o transtorno.
Aproveitem, e boa leitura! Próxima postagem em 01 de julho de 2010.
Ainda usava sua bela túnica. Tinha os cabelos escuros, longos para um menino, presos em um pequeno rabo em cima da cabeça, deixando a parte de trás solta sobre os ombros:
- Acho que procura por isto.
Estendeu o livro para a menina que ainda parecia assustada. Ao pegar o livro de suas mãos, pode senti-las um pouco calejadas. Entregou o livro e deu as costas já se retirando:
- É melhor sair logo daí. Sua amiga já não pode mais acoberta-la.
Virou-se pra trás com um terno sorriso:
- Você é muito indiscreta.
Anne olhou para o livro a seus pés e se sentiu bastante envergonhada. O garoto seguiu seu caminho, enquanto ela recolocava o livro caído na estante e se escondia entre outras próximas. Nem bem se escondeu, a bibliotecária surgiu com July em seu encalço:
- Poupe meus ouvidos de suas histórias absurdas! Eu sei que ouvi barulho por aqui. Se você esteve me distraindo para que algum de seus amigos fizesse alguma travessura você vai estar encrencada, mocinha.
Ao passaram, July foi puxada para trás de uma estante qualquer. Um murmúrio adentrou seu ouvido:
- Peguei o livro. Vamos logo embora daqui!
As duas saíram quase na ponta dos pés enquanto a velha senhora lançava suas ameaças no ar. Correram até o vestiário, pois já lhes restava pouco tempo até as aulas de educação física da tarde. Anne guardou o livro em seu armário antes de irem definitivamente até o pátio de esportes.
Conseguiram chegar a tempo, mas mesmo assim levaram uma pequena advertência do professor por serem as últimas a chegar. As duas optaram pela pratica de atletismo, pois era onde tinha menos alunos e poderiam conversar a vontade.
Anne aproveitou para contar o acontecimento da biblioteca para July:
- Mas como ele sabia?
- Eu não sei. Mas eu te disse que ele me parecia muito estranho.
As duas terminaram seus exercícios, pegaram o livro e combinaram de lê-lo só no final de semana quando poderiam estar juntas, devido ao trabalho de Anne.
A semana passou sem respostas de Vanora, ou encontros estranhos com o garoto novo. A menina estava muito preocupada com sua mãe, que pareceu estar em perigo. July havia progredido pouco na leitura do livro, mas já conseguia identificar alguns símbolos. Já estava quase na hora de ir para casa e, como combinado, a amiga já esperava em uma das mesas da lanchonete:
- Vou entregar mais este pedido e já poderei ir.
- Tudo bem. Vou guardar os livros para irmos.
Quando foi se virar, a menina acabou tropeçando e ia de encontro ao chão se não fosse à intervenção de dois braços que seguraram ela e a bandeja. Depois de conseguir se equilibrar novamente e tirar o rosto do peito de seu salvador, Anne pode ver o garoto misterioso, com um belo sorriso, segurando sua bandeja:
- Precisamos parar de nos encontrar em situações estranhas.
A menina corou. Ouviu July soltar um leve risinho e continuar a guardar os livros.
- Aqui, sua bandeja! E mais cuidado com os pés.
Pegou a bandeja e foi entregar o pedido de olho no garoto que se sentou com July. Trocou de roupa e quando voltou encontrou os dois ainda conversando. Ao avistá-la o rapaz levantou-se.
- Desculpe pela intromissão, mas eu gostaria de falar com você.
Olhou para amiga que fez um sinal positivo com a cabeça. Sentou-se ao lado dela e esperou que o rapaz começasse. Ele sentou novamente, tomou um pouco de ar e iniciou a conversa:
- Acredito que ainda não olhou o livro que lhe entreguei na biblioteca.
- Bem, ainda não...
- Imaginei. Bom mesmo que você olhe, não vai encontrar nada.
- Como assim?
- O livro está em branco. Ele não pode ser lido nesse mundo.
- Nesse mundo?
- Sim, Anne. Ou devo chamá-la de Lucine?
- Lucine? Do que está falando???
O garoto deu um longo suspiro:
- Não se faça de desentendida, você sabe do que estou falando. Eu sei tudo sobr... – repentinamente parou, como se percebesse algo que estava esquecendo – Droga, não temos tempo para isso! July preciso que você fique aqui e não saia até sua amiga voltar. Lucine venha comigo!
- Eu me chamo Anne!
- Como preferir, agora venha!
- Espere, porque está me puxando, e porque eu deveria ir com você? Eu nem o conheço.
Aproveitem, e boa leitura! Próxima postagem em 01 de julho de 2010.
Ainda usava sua bela túnica. Tinha os cabelos escuros, longos para um menino, presos em um pequeno rabo em cima da cabeça, deixando a parte de trás solta sobre os ombros:
- Acho que procura por isto.
Estendeu o livro para a menina que ainda parecia assustada. Ao pegar o livro de suas mãos, pode senti-las um pouco calejadas. Entregou o livro e deu as costas já se retirando:
- É melhor sair logo daí. Sua amiga já não pode mais acoberta-la.
Virou-se pra trás com um terno sorriso:
- Você é muito indiscreta.
Anne olhou para o livro a seus pés e se sentiu bastante envergonhada. O garoto seguiu seu caminho, enquanto ela recolocava o livro caído na estante e se escondia entre outras próximas. Nem bem se escondeu, a bibliotecária surgiu com July em seu encalço:
- Poupe meus ouvidos de suas histórias absurdas! Eu sei que ouvi barulho por aqui. Se você esteve me distraindo para que algum de seus amigos fizesse alguma travessura você vai estar encrencada, mocinha.
Ao passaram, July foi puxada para trás de uma estante qualquer. Um murmúrio adentrou seu ouvido:
- Peguei o livro. Vamos logo embora daqui!
As duas saíram quase na ponta dos pés enquanto a velha senhora lançava suas ameaças no ar. Correram até o vestiário, pois já lhes restava pouco tempo até as aulas de educação física da tarde. Anne guardou o livro em seu armário antes de irem definitivamente até o pátio de esportes.
Conseguiram chegar a tempo, mas mesmo assim levaram uma pequena advertência do professor por serem as últimas a chegar. As duas optaram pela pratica de atletismo, pois era onde tinha menos alunos e poderiam conversar a vontade.
Anne aproveitou para contar o acontecimento da biblioteca para July:
- Mas como ele sabia?
- Eu não sei. Mas eu te disse que ele me parecia muito estranho.
As duas terminaram seus exercícios, pegaram o livro e combinaram de lê-lo só no final de semana quando poderiam estar juntas, devido ao trabalho de Anne.
A semana passou sem respostas de Vanora, ou encontros estranhos com o garoto novo. A menina estava muito preocupada com sua mãe, que pareceu estar em perigo. July havia progredido pouco na leitura do livro, mas já conseguia identificar alguns símbolos. Já estava quase na hora de ir para casa e, como combinado, a amiga já esperava em uma das mesas da lanchonete:
- Vou entregar mais este pedido e já poderei ir.
- Tudo bem. Vou guardar os livros para irmos.
Quando foi se virar, a menina acabou tropeçando e ia de encontro ao chão se não fosse à intervenção de dois braços que seguraram ela e a bandeja. Depois de conseguir se equilibrar novamente e tirar o rosto do peito de seu salvador, Anne pode ver o garoto misterioso, com um belo sorriso, segurando sua bandeja:
- Precisamos parar de nos encontrar em situações estranhas.
A menina corou. Ouviu July soltar um leve risinho e continuar a guardar os livros.
- Aqui, sua bandeja! E mais cuidado com os pés.
Pegou a bandeja e foi entregar o pedido de olho no garoto que se sentou com July. Trocou de roupa e quando voltou encontrou os dois ainda conversando. Ao avistá-la o rapaz levantou-se.
- Desculpe pela intromissão, mas eu gostaria de falar com você.
Olhou para amiga que fez um sinal positivo com a cabeça. Sentou-se ao lado dela e esperou que o rapaz começasse. Ele sentou novamente, tomou um pouco de ar e iniciou a conversa:
- Acredito que ainda não olhou o livro que lhe entreguei na biblioteca.
- Bem, ainda não...
- Imaginei. Bom mesmo que você olhe, não vai encontrar nada.
- Como assim?
- O livro está em branco. Ele não pode ser lido nesse mundo.
- Nesse mundo?
- Sim, Anne. Ou devo chamá-la de Lucine?
- Lucine? Do que está falando???
O garoto deu um longo suspiro:
- Não se faça de desentendida, você sabe do que estou falando. Eu sei tudo sobr... – repentinamente parou, como se percebesse algo que estava esquecendo – Droga, não temos tempo para isso! July preciso que você fique aqui e não saia até sua amiga voltar. Lucine venha comigo!
- Eu me chamo Anne!
- Como preferir, agora venha!
- Espere, porque está me puxando, e porque eu deveria ir com você? Eu nem o conheço.
domingo, 20 de junho de 2010
Mephisto
Aproveitem e boa leitura! Próxima postagem 27 de junho de 2010.
Na manhã seguinte, Brad e Mary tomaram café juntos e depois foram juntos para escola. Até a hora do intervalo Brad não tinha decidido se colocaria o livro na mochila do colega ou não. Quando estava indo para o pátio na hora do intervalo, o celular de Brad tocou. Era um número desconhecido. Ao atender, Brad reconheceu a voz de seu novo amigo, Iceman.
- Olá! Olhe para o edifício verde à esquerda do pátio de sua escola.
Brad estava de frente para o edifício. O prédio tinha apenas quatro andares e ao olhar para o topo, Brad pode ver nitidamente um atirador com um rifle. Seguindo a direção da arma, Brad viu Mary conversando com umas amigas. O garoto congelou na hora. Minutos depois quando voltou a si, já estava correndo em direção a sala de Daniel com as palavras de Iceman na cabeça: "Estou de olho em você. Se a encomenda não for entregue em 10 minutos, sua amiga não dançará está noite. Vá!". Daniel não era amigo de Brad. Os dois só se conheciam de vista, nunca haviam conversado. E agora Brad está prestes a matar o garoto e sua família.
Depois de colocar o livro na mochila do garoto, Brad, hesitou diversas vezes antes de sair dá sala. Só saiu de lá quando o sinal tocou. Antes de entrar em sua sala, Brad recebeu uma segunda ligação de Iceman o parabenizando. Brad não consegue falar com ninguém pelo resto do dia. Passou toda a tarde jogado na cama com medo de ligar a televisão.
As 18h, pegou um ônibus em direção ao Bronkx. Durante o percurso, Brad ouviu, pelo rádio de uma senhora sentada ao seu lado, que a casa do policial Jack Smith havia sido destruída por uma explosão no final desta tarde. Na hora Brad gelou. Sabia que a culpa era dele. E se descobrissem? E o pior, Brad agora era um assassino. Quando chegou ao bar, Sarah levou o garoto direto à sala de Iceman. Brad foi recebido com aplausos pelo maldoso homem.
- Parabéns garoto! Não podia ter sido melhor!
Brad fechou o punho e desferiu um golpe com toda sua raiva em direção ao rosto do homem, que sem esforço nenhum segurou o braço do menino.
- Calma garoto! Está com raiva de mim? Pois saiba que isso ainda não pagou os prejuízos de sua amiguinha. Isso é só o começo.
Brad caiu em um choro agoniozo ali mesmo. Matou uma família que nem conhecia. Sem motivo algum. Simplesmente matou. O que seria de sua vida agora? Brad só achou uma alternativa.
- Muito bem. Eu continuo, mas com uma condição. Liberte Mary. Esqueça sua dívida. Eu trabalharei para você o resto de minha vida.
- Esplêndido! Aceito seu acordo. Mary está livre, sem dívida. Mas também sem drogas. Se ela quiser se drogar procure outro ponto de venda.
- Não se preocupe com isso. Eu manterei Mary longe de suas drogas imundas. Você já arruinou minha vida, não vai arruinar a dela também.
- Nobres palavras para um assassino. Anime-se garoto! Vai ver que este lado da vida não é tão ruim quanto parece.
Brad fecha o outro punho, mas desta vez não golpeia Iceman. Brad pára de chorar. Passa a noite acertando os detalhes de seu "emprego" com Iceman, que já havia tomado a liberdade de pegar seu número de celular com Mary. Brad agora era assassino de aluguel. Iria aprender a atirar, ser discreto, ser silencioso e ganharia suas próprias armas e um bom dinheiro, porém carregava todo o peso do mundo em suas costas.
Mary e Brad inventaram um namoro. Somente os dois e John sabiam que isso era só uma desculpa para que Mary fosse morar com Brad. Brad cuidava de Mary como se ela fosse sua irmã. A mãe de Brad estava cada vez mais ausente em sua vida. Brad estudava até as 15h, fazia suas atividades à tarde, cuidava de Mary e a noite ia para o Bronkx aprender a ser um assassino profissional. Mary parecia ter se recuperado da dependência. Os próximos três meses de Brad foram péssimos. Não queria se acostumar com essa vida, mas era sua única alternativa para salvar Mary. Brad já havia terminado seu treinamento e realizado umas poucas missões para Iceman.
Brad agora era um homem frio. Só mostrava emoções para Mary e John. Isto o envelhecera muito. Passou o aniversário somente com Mary, John e sua mãe. Brad agora tinha dezessete anos e já havia matado dez pessoas. Mary e John nem desconfiavam de suas atividades noturnas, mas percebiam que Brad não era mais o mesmo. Em um belo domingo de dezembro, Brad chegou em casa depois de uma missão. Estava todo sujo de sangue. Ligou o computador e foi tomar banho. Era madrugada, Mary dormira no sofá com a Tv ligada. A mãe de Brad havia se mudado para casa de seu namorado. Depois do banho Brad, resolveu falar com algumas pessoas através de um chat. Foi aí que sua vida mudou, de novo.
Na manhã seguinte, Brad e Mary tomaram café juntos e depois foram juntos para escola. Até a hora do intervalo Brad não tinha decidido se colocaria o livro na mochila do colega ou não. Quando estava indo para o pátio na hora do intervalo, o celular de Brad tocou. Era um número desconhecido. Ao atender, Brad reconheceu a voz de seu novo amigo, Iceman.
- Olá! Olhe para o edifício verde à esquerda do pátio de sua escola.
Brad estava de frente para o edifício. O prédio tinha apenas quatro andares e ao olhar para o topo, Brad pode ver nitidamente um atirador com um rifle. Seguindo a direção da arma, Brad viu Mary conversando com umas amigas. O garoto congelou na hora. Minutos depois quando voltou a si, já estava correndo em direção a sala de Daniel com as palavras de Iceman na cabeça: "Estou de olho em você. Se a encomenda não for entregue em 10 minutos, sua amiga não dançará está noite. Vá!". Daniel não era amigo de Brad. Os dois só se conheciam de vista, nunca haviam conversado. E agora Brad está prestes a matar o garoto e sua família.
Depois de colocar o livro na mochila do garoto, Brad, hesitou diversas vezes antes de sair dá sala. Só saiu de lá quando o sinal tocou. Antes de entrar em sua sala, Brad recebeu uma segunda ligação de Iceman o parabenizando. Brad não consegue falar com ninguém pelo resto do dia. Passou toda a tarde jogado na cama com medo de ligar a televisão.
As 18h, pegou um ônibus em direção ao Bronkx. Durante o percurso, Brad ouviu, pelo rádio de uma senhora sentada ao seu lado, que a casa do policial Jack Smith havia sido destruída por uma explosão no final desta tarde. Na hora Brad gelou. Sabia que a culpa era dele. E se descobrissem? E o pior, Brad agora era um assassino. Quando chegou ao bar, Sarah levou o garoto direto à sala de Iceman. Brad foi recebido com aplausos pelo maldoso homem.
- Parabéns garoto! Não podia ter sido melhor!
Brad fechou o punho e desferiu um golpe com toda sua raiva em direção ao rosto do homem, que sem esforço nenhum segurou o braço do menino.
- Calma garoto! Está com raiva de mim? Pois saiba que isso ainda não pagou os prejuízos de sua amiguinha. Isso é só o começo.
Brad caiu em um choro agoniozo ali mesmo. Matou uma família que nem conhecia. Sem motivo algum. Simplesmente matou. O que seria de sua vida agora? Brad só achou uma alternativa.
- Muito bem. Eu continuo, mas com uma condição. Liberte Mary. Esqueça sua dívida. Eu trabalharei para você o resto de minha vida.
- Esplêndido! Aceito seu acordo. Mary está livre, sem dívida. Mas também sem drogas. Se ela quiser se drogar procure outro ponto de venda.
- Não se preocupe com isso. Eu manterei Mary longe de suas drogas imundas. Você já arruinou minha vida, não vai arruinar a dela também.
- Nobres palavras para um assassino. Anime-se garoto! Vai ver que este lado da vida não é tão ruim quanto parece.
Brad fecha o outro punho, mas desta vez não golpeia Iceman. Brad pára de chorar. Passa a noite acertando os detalhes de seu "emprego" com Iceman, que já havia tomado a liberdade de pegar seu número de celular com Mary. Brad agora era assassino de aluguel. Iria aprender a atirar, ser discreto, ser silencioso e ganharia suas próprias armas e um bom dinheiro, porém carregava todo o peso do mundo em suas costas.
Mary e Brad inventaram um namoro. Somente os dois e John sabiam que isso era só uma desculpa para que Mary fosse morar com Brad. Brad cuidava de Mary como se ela fosse sua irmã. A mãe de Brad estava cada vez mais ausente em sua vida. Brad estudava até as 15h, fazia suas atividades à tarde, cuidava de Mary e a noite ia para o Bronkx aprender a ser um assassino profissional. Mary parecia ter se recuperado da dependência. Os próximos três meses de Brad foram péssimos. Não queria se acostumar com essa vida, mas era sua única alternativa para salvar Mary. Brad já havia terminado seu treinamento e realizado umas poucas missões para Iceman.
Brad agora era um homem frio. Só mostrava emoções para Mary e John. Isto o envelhecera muito. Passou o aniversário somente com Mary, John e sua mãe. Brad agora tinha dezessete anos e já havia matado dez pessoas. Mary e John nem desconfiavam de suas atividades noturnas, mas percebiam que Brad não era mais o mesmo. Em um belo domingo de dezembro, Brad chegou em casa depois de uma missão. Estava todo sujo de sangue. Ligou o computador e foi tomar banho. Era madrugada, Mary dormira no sofá com a Tv ligada. A mãe de Brad havia se mudado para casa de seu namorado. Depois do banho Brad, resolveu falar com algumas pessoas através de um chat. Foi aí que sua vida mudou, de novo.
sábado, 19 de junho de 2010
Anne
Aproveitem, e boa leitura! Próxima postagem em 25 de junho de 2010.
Capítulo Dois
Manhã de segunda-feira. Embora tivesse seguido as instruções de sua mãe e copiado o círculo de mensagem com precisão, pois sempre fora habilidosa com desenhos, suas perguntas ainda não haviam sido respondidas. Passara o domingo todo dormindo, pois tiveram uma longa madrugada junto com July.
Ainda não tinham se visto desde então e estava com medo da reação que sua amiga poderia ter agora que sabia de seu segredo. Ao chegar a escola, pode avista-la em frente à porta de entrada para o saguão. No momento em que lhe avistou a amiga correu em sua direção:
- Anne! Que bom vê-la. Eu tenho algo para lhe contar.
Anne ainda estava um pouco atordoada. Sabia que a amizade não seria mais a mesma, mas não esperava por esta atitude da amiga; talvez só tivesse sido pessimista de mais. Antes de qualquer outra coisa, abraçou-a com tal força, que ela acabou derrubando os livros. July entendeu e retribuiu o abraço com um sorriso.
- Obrigado July! É importante para mim.
- Eu sei. Por isso cheguei à escola mais cedo e fui à biblioteca.
- O que foi fazer na biblioteca?
- Procurar uma forma de te ajudar. Encontrei uma sessão de dicionários de língua antiga. Acho que com um pouco de estudo vou começar a aprender ler aquele livro. Encontrei outro livro estranho. Ele parece muito velho e possui alguns símbolos como o seu, mas não foi por isso que me pareceu estranho.
- Então?
- Ele não é catalogado na biblioteca.
- O que isso quer dizer?
- Talvez ele também seja do mundo de sua mãe.
Seus pensamentos começaram a flutuar, mas logo foram trazidos de volta ao chão pelos cochichos que começaram a tomar o salão. Todos olhavam para porta onde entrava um estranho garoto vestindo uma túnica vermelha, que mais parecia uma veste cerimonial de alguma sociedade secreta antiga.
Embora fosse o centro das atenções, avançava pelo corredor olhando para um ponto fixo sem dar a mínima atenção para os cochichos e risadinhas sobre sua pessoa. Só mudou o foco de sua atenção ao passar em frente às duas meninas, onde parou para lançar um longo olhar em Anne. No momento em que os pares de olhos se encontraram o mundo ao redor pareceu sumir. Anne sentia-se como em um mundo vazio onde eram os únicos habitantes.
Só voltou a si quando o garoto deu um breve sorriso e voltou novamente seu olhar e andar para o fim do corredor. Como por magnetismo, seus olhos ainda acompanharam-no até que sumisse no corredor que ia na direção da sala do diretor. Ali ficou perdido por alguns momentos até que percebesse o chamado da amiga.
- Anne! ANNE!
Balançou a cabeça e olhou para July:
- Pode me explicar o que acabou de acontecer aqui?
- Desculpe, eu não sei ao certo. Mas aquele garoto há algo de estranho nele.
- Além das roupas?
- Sim. É como se algo nele me fosse familiar.
- Eu acho que você só o achou bonito.
Anne corou. July deu um grande sorriso para a amiga e pegou-a pelo braço para que seguissem para sala de aula. As aulas da manhã passaram quase despercebidas pela garota. Como se não bastasse a ansiedade por resposta e a preocupação pela forma como Vanora havia se despedido, o olhar do garoto novo não saia de sua mente.
Na hora do almoço, como já haviam combinado, as duas comeram o mais rápido que puderam para que desse tempo de ir a biblioteca. A sessão onde o livro se encontrava era bem ao fundo e era restrita aos professores. July tinha conseguido se esconder lá por poucos minutos em uma distração da bibliotecária. Por isso tinham um plano. Ela distrairia à senhora mal-humorada, enquanto sorrateiramente, Anne se infiltraria na tal sessão e pegaria o livro. Já que não estava cadastrado, certamente não sentiriam sua falta.
Quando a amiga começou a enrolar a bibliotecária, esgueirou-se para trás da estante reservada. Começou a vasculhá-la com os olhos em busca do tal livro. Tinha que ser rápida, mas não tinha idéia de como poderia ser seu alvo. Não pode contar com uma descrição de July, pois a garota estava tão nervosa que havia se esquecido disso.
Ao tirar um livro mais grosso da prateleira, para examiná-lo, deparou-se com um par de olhos verdes fitando-a. Com o susto, derrubou o pesado livro no chão. O garoto saiu então do outro lado da prateleira com um livro vermelho e dourado nas mãos.
Capítulo Dois
Manhã de segunda-feira. Embora tivesse seguido as instruções de sua mãe e copiado o círculo de mensagem com precisão, pois sempre fora habilidosa com desenhos, suas perguntas ainda não haviam sido respondidas. Passara o domingo todo dormindo, pois tiveram uma longa madrugada junto com July.
Ainda não tinham se visto desde então e estava com medo da reação que sua amiga poderia ter agora que sabia de seu segredo. Ao chegar a escola, pode avista-la em frente à porta de entrada para o saguão. No momento em que lhe avistou a amiga correu em sua direção:
- Anne! Que bom vê-la. Eu tenho algo para lhe contar.
Anne ainda estava um pouco atordoada. Sabia que a amizade não seria mais a mesma, mas não esperava por esta atitude da amiga; talvez só tivesse sido pessimista de mais. Antes de qualquer outra coisa, abraçou-a com tal força, que ela acabou derrubando os livros. July entendeu e retribuiu o abraço com um sorriso.
- Obrigado July! É importante para mim.
- Eu sei. Por isso cheguei à escola mais cedo e fui à biblioteca.
- O que foi fazer na biblioteca?
- Procurar uma forma de te ajudar. Encontrei uma sessão de dicionários de língua antiga. Acho que com um pouco de estudo vou começar a aprender ler aquele livro. Encontrei outro livro estranho. Ele parece muito velho e possui alguns símbolos como o seu, mas não foi por isso que me pareceu estranho.
- Então?
- Ele não é catalogado na biblioteca.
- O que isso quer dizer?
- Talvez ele também seja do mundo de sua mãe.
Seus pensamentos começaram a flutuar, mas logo foram trazidos de volta ao chão pelos cochichos que começaram a tomar o salão. Todos olhavam para porta onde entrava um estranho garoto vestindo uma túnica vermelha, que mais parecia uma veste cerimonial de alguma sociedade secreta antiga.
Embora fosse o centro das atenções, avançava pelo corredor olhando para um ponto fixo sem dar a mínima atenção para os cochichos e risadinhas sobre sua pessoa. Só mudou o foco de sua atenção ao passar em frente às duas meninas, onde parou para lançar um longo olhar em Anne. No momento em que os pares de olhos se encontraram o mundo ao redor pareceu sumir. Anne sentia-se como em um mundo vazio onde eram os únicos habitantes.
Só voltou a si quando o garoto deu um breve sorriso e voltou novamente seu olhar e andar para o fim do corredor. Como por magnetismo, seus olhos ainda acompanharam-no até que sumisse no corredor que ia na direção da sala do diretor. Ali ficou perdido por alguns momentos até que percebesse o chamado da amiga.
- Anne! ANNE!
Balançou a cabeça e olhou para July:
- Pode me explicar o que acabou de acontecer aqui?
- Desculpe, eu não sei ao certo. Mas aquele garoto há algo de estranho nele.
- Além das roupas?
- Sim. É como se algo nele me fosse familiar.
- Eu acho que você só o achou bonito.
Anne corou. July deu um grande sorriso para a amiga e pegou-a pelo braço para que seguissem para sala de aula. As aulas da manhã passaram quase despercebidas pela garota. Como se não bastasse a ansiedade por resposta e a preocupação pela forma como Vanora havia se despedido, o olhar do garoto novo não saia de sua mente.
Na hora do almoço, como já haviam combinado, as duas comeram o mais rápido que puderam para que desse tempo de ir a biblioteca. A sessão onde o livro se encontrava era bem ao fundo e era restrita aos professores. July tinha conseguido se esconder lá por poucos minutos em uma distração da bibliotecária. Por isso tinham um plano. Ela distrairia à senhora mal-humorada, enquanto sorrateiramente, Anne se infiltraria na tal sessão e pegaria o livro. Já que não estava cadastrado, certamente não sentiriam sua falta.
Quando a amiga começou a enrolar a bibliotecária, esgueirou-se para trás da estante reservada. Começou a vasculhá-la com os olhos em busca do tal livro. Tinha que ser rápida, mas não tinha idéia de como poderia ser seu alvo. Não pode contar com uma descrição de July, pois a garota estava tão nervosa que havia se esquecido disso.
Ao tirar um livro mais grosso da prateleira, para examiná-lo, deparou-se com um par de olhos verdes fitando-a. Com o susto, derrubou o pesado livro no chão. O garoto saiu então do outro lado da prateleira com um livro vermelho e dourado nas mãos.
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quinta-feira, 17 de junho de 2010
A Maldição Yamada
Aproveitem e boa leitura! Próxima postagem 23 de junho de 2010.
Depois de quase uma hora, mudando sempre o caminho para evitar ser seguido, Asashoryu chegou a sua casa, que ficava em um bairro mais afastado do núcleo urbano.
Morava no fim de uma pequena rua sem saída, que acabava bem em frente a sua saída de garagem. Era uma pequena casa de dois andares, bem simples, com um curto jardim e com o pátio dos fundos terminando em um bosque.
Morava sozinho, a não ser por sua gata de estimação: Maggie. Esta já acostumada pelas freqüentes ausências de seu dono. Só uma das duas casas vizinhas era ocupada. Por um casal de idosos que quase nunca apareciam no jardim, muito menos nas janelas, o que de certa forma, deixava o rapaz mais seguro.
Deixou a moto na garagem e entrou pela porta que levava à cozinha:
- Maggie, comida!
A gata apareceu rapidamente na cozinha e foi até seu prato que ficava ao lado da porta.
- Por sorte o tio John havia guardado um saco de ração no lugar de sempre, senão teria que se contentar com os ratos do porão.
Colocou um pouco da ração no pote da gata e o saco em cima da mesa. Foi até o telefone e ligou para a costumeira pizzaria. Foi até a sala e pegou um charuto na caixa que mantinha em cima da mesa de centro, depois voltou à garagem. Puxou uma mesa baixa, tapada com uma lona preta para mais perto da moto e logo em seguida colocou um pequeno banco entre as duas.
Abriu um baú, que ficava em um dos cantos da garagem, que guardava pilhas de jornal, da onde tirou algumas folhas para cobrir todas as partes que não eram metálicas da moto. Depois, destapou a mesa revelando uma mesa de pintura. Escolheu uma das latas de tinta vermelha e colocou na pistola de pintura, ao mesmo tempo em que a campainha tocou. Ligou o compressor de ar da mesa e foi atender a porta:
- Você?
Realmente não espera ver a mesma mulher que salvara no inicio da noite em sua porta, ainda mais entregando sua pizza.
- Er...Oi?
Tentou fechar a porta, mas o pé da moça o impediu:
- Espere. Eu trouxe sua pizza.
Abriu novamente a porta e tentou alcançar a comida, mas novamente foi impedido:
- Me deixe entrar que eu lhe deixo comer.
O sorriso dela jamais teria o convencido, se não fosse o barulho de seu estômago estar tão perceptível.
- Droga! Vamos logo com isso então!
O rapaz se afastou da porta deixando a “intrusa” entrar. Ao entrar, a moça pode ver como apesar da bela aparência externa, a realidade da casa era outra. Havia poucos móveis e pela espessura da poeira, ela não deveria ser limpa a um bom tempo.
A casa possuía três cômodos no andar de baixo, a cozinha que era separada do que deveria ser a sala por uma bancada baixa. Além dela e dos armários presos a parede, uma geladeira antiga e um pequeno fogão faziam parte do lugar.
No que deveria ser uma sala, somente uma poltrona, uma televisão, uma mesa de centro e um pequeno abajur. O outro cômodo estava vazio, exceto por algumas folhas de jornal, já amarelado, espalhadas pelo chão e uma escada para o andar superior.
Enquanto analisava a casa, não percebeu que o dono não estava mais a vista e que um alto barulho havia sumido. Só abandonou sua admiração pelo lugar quando a porta que levava a garagem bateu e um gato passou por suas pernas em direção a escada.
- Enfim, veio aqui por algum motivo, ou só queria ficar parada em uma sala estranha com uma caixa de pizza na mão?
- Você é sempre grosso assim?
- Não, somente quando o entregador pede pra entrar.
Depois de quase uma hora, mudando sempre o caminho para evitar ser seguido, Asashoryu chegou a sua casa, que ficava em um bairro mais afastado do núcleo urbano.
Morava no fim de uma pequena rua sem saída, que acabava bem em frente a sua saída de garagem. Era uma pequena casa de dois andares, bem simples, com um curto jardim e com o pátio dos fundos terminando em um bosque.
Morava sozinho, a não ser por sua gata de estimação: Maggie. Esta já acostumada pelas freqüentes ausências de seu dono. Só uma das duas casas vizinhas era ocupada. Por um casal de idosos que quase nunca apareciam no jardim, muito menos nas janelas, o que de certa forma, deixava o rapaz mais seguro.
Deixou a moto na garagem e entrou pela porta que levava à cozinha:
- Maggie, comida!
A gata apareceu rapidamente na cozinha e foi até seu prato que ficava ao lado da porta.
- Por sorte o tio John havia guardado um saco de ração no lugar de sempre, senão teria que se contentar com os ratos do porão.
Colocou um pouco da ração no pote da gata e o saco em cima da mesa. Foi até o telefone e ligou para a costumeira pizzaria. Foi até a sala e pegou um charuto na caixa que mantinha em cima da mesa de centro, depois voltou à garagem. Puxou uma mesa baixa, tapada com uma lona preta para mais perto da moto e logo em seguida colocou um pequeno banco entre as duas.
Abriu um baú, que ficava em um dos cantos da garagem, que guardava pilhas de jornal, da onde tirou algumas folhas para cobrir todas as partes que não eram metálicas da moto. Depois, destapou a mesa revelando uma mesa de pintura. Escolheu uma das latas de tinta vermelha e colocou na pistola de pintura, ao mesmo tempo em que a campainha tocou. Ligou o compressor de ar da mesa e foi atender a porta:
- Você?
Realmente não espera ver a mesma mulher que salvara no inicio da noite em sua porta, ainda mais entregando sua pizza.
- Er...Oi?
Tentou fechar a porta, mas o pé da moça o impediu:
- Espere. Eu trouxe sua pizza.
Abriu novamente a porta e tentou alcançar a comida, mas novamente foi impedido:
- Me deixe entrar que eu lhe deixo comer.
O sorriso dela jamais teria o convencido, se não fosse o barulho de seu estômago estar tão perceptível.
- Droga! Vamos logo com isso então!
O rapaz se afastou da porta deixando a “intrusa” entrar. Ao entrar, a moça pode ver como apesar da bela aparência externa, a realidade da casa era outra. Havia poucos móveis e pela espessura da poeira, ela não deveria ser limpa a um bom tempo.
A casa possuía três cômodos no andar de baixo, a cozinha que era separada do que deveria ser a sala por uma bancada baixa. Além dela e dos armários presos a parede, uma geladeira antiga e um pequeno fogão faziam parte do lugar.
No que deveria ser uma sala, somente uma poltrona, uma televisão, uma mesa de centro e um pequeno abajur. O outro cômodo estava vazio, exceto por algumas folhas de jornal, já amarelado, espalhadas pelo chão e uma escada para o andar superior.
Enquanto analisava a casa, não percebeu que o dono não estava mais a vista e que um alto barulho havia sumido. Só abandonou sua admiração pelo lugar quando a porta que levava a garagem bateu e um gato passou por suas pernas em direção a escada.
- Enfim, veio aqui por algum motivo, ou só queria ficar parada em uma sala estranha com uma caixa de pizza na mão?
- Você é sempre grosso assim?
- Não, somente quando o entregador pede pra entrar.
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